Dois mortos em confronto entre exército e Abu Sayyaf nas Filipinas
Porto Canal / Agências
Banguecoque, 29 jun (Lusa) -- Pelo menos dois membros do grupo islâmico Abu Sayyaf, ligado à Al-Qaida, morreram e outros cinco ficaram feridos em confrontos contra as forças de segurança no sul das Filipinas, noticia hoje a imprensa local.
O destacamento do exército encontrava-se na zona em operações de busca por duas cineastas filipinas que foram raptadas na semana passada por integrantes do Abu Sayyaf.
Os combatentes do grupo extremista abriram fogo contra o helicóptero em que seguiam os militares para a ilha de Jolo, no sul do arquipélago, na passada quinta-feira, pelo que, "em resposta, foi lançado de imediato um ataque aéreo causando duas vítimas mortais", indicou o porta-voz militar Jose Cenabre, num comunicado.
Nadjoua Bansil, de 39 anos, e a sua irmã Linda, de 35, foram vistas pela última vez há uma semana na ilha de Joló, onde se encontravam a gravar uma longa-metragem sobre a empobrecida comunidade agrícola muçulmana.
Ambas são conhecidas dos habitantes da região, sobretudo depois de terem trabalhado com a comunidade muçulmana em vários filmes que mostram a difícil situação desta minoria nas Filipinas, um país onde 93,5 % da população professa a religião católica.
Fundado por um grupo de ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a União Soviética em 1991, o Abu Sayyaf é considerado responsável pelos atentados mais sangrentos nas Filipinas e colabora com o braço da Al-Qaida no sudeste asiático, o grupo Yemaa Islamiya.
O Abu Sayyaf pretende estabelecer um Estado islâmico na região sul das Filipinas, dominada por sultanatos muçulmanos até à chegada dos colonizadores espanhóis.
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