Banguecoque, 29 jun (Lusa) -- Pelo menos oito soldados tailandeses morreram hoje na sequência da explosão de um engenho de fabrico artesanal enquanto patrulhavam uma das conflituosas regiões de maioria muçulmana do sul da Tailândia, informou a imprensa local.

Outras quatro pessoas -- dois soldados e dois civis -- ficaram feridas com gravidade no atentado bombista, estando internadas no hospital de Yala com prognóstico reservado.

O ataque, que a polícia atribuiu ao movimento separatista islâmico, ocorreu às primeiras horas de sábado no distrito de Krong Penang, na província de Yala, indicou o jornal Bangkok Post.

Os soldados tinham estado a trabalhar durante toda a noite na base e regressavam a casa quando a viatura militar em que seguiam foi atingida pela bomba, colocada na berma da estrada.

"Foi uma explosão muito forte que a destruíu completamente", descreveu o coronel Pramote Promin em declarações à agência AFP por telefone.

Este novo ataque tem lugar após a ronda de negociações de paz que o Governo iniciou em março com a Frente Revolucionária Nacional e a Organização para a Libertação de Pattani -- dois dos grupos rebeldes -- para pôr fim ao conflito que causou cerca de 5.400 mortos nos últimos nove anos.

Os ataques com armas ligeiras, homicídios e atentados com explosivos nas províncias de Pattani, Narathiwat e Yala acontecem a um ritmo quase diário, não obstante terem sido destacados para a região 40.000 efetivos das forças de segurança da Tailândia.

Os rebeldes denunciam a discriminação de que são alvo por parte da maioria budista e exigem o estabelecimento de um Estado islâmico que integre estas três províncias que configuravam antigo sultanato de Pattani, anexado pela Tailândia há um século.

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