Viseu preside ao Comité Estratégico da Rede Nacional de Cidades Inteligentes
Porto Canal / Agências
Viseu, 25 jun (Lusa) -- O município de Viseu foi hoje escolhido para liderar o Comité Estratégico da Rede Nacional de Cidades Inteligentes, avançou à agência Lusa o presidente da autarquia, Almeida Henriques (PSD).
"Foi aprovado, por unanimidade, que o Comité Estratégico será presidido por Viseu e terá como vice-presidentes Castelo Branco e Almada", referiu o autarca.
A eleição foi feita hoje à tarde, durante uma reunião em Viseu, que contou com a participação dos 25 municípios que integram o consórcio RENER -- Rede de Inovação Urbana, liderado pela INTELI e membro da rede europeia de Living Labs (Laboratórios Vivos).
Almeida Henriques explicou que o Comité Estratégico trabalhará com a INTELI, que é "a entidade que tem todo o conhecimento e que, juntamente com os municípios, vai desenvolvendo todos os planos estratégicos no sentido de os implantar no terreno".
Segundo o antigo secretário de Estado da Economia, na próxima reunião já estarão mais 15 municípios.
"Esta rede passará a contar com 40 municípios que têm como principal desígnio constituírem-se enquanto uma rede de cidades inteligentes. Há municípios que estão a diferentes velocidades, mas esta rede visa puxar por eles nos seus diferentes vetores", explicou.
Almeida Henriques frisou que "esta rede tem a importância de ser, desde logo, bastante alargada" e integrar "um conjunto de cidades que se propõem, nos diferentes domínios, serem cidades inteligentes".
Os seus domínios de atuação serão a inclusão social, a inovação numa perspetiva de ligação ao território, a sustentabilidade (integrando a eficiência energética, a mobilidade, as questões ambientais e o desenvolvimento cultural das cidades), a governação e a conectividade.
"São cinco áreas extremamente importantes. Num momento como este, em que se está a iniciar um novo quadro comunitário de apoio em Portugal, permitirá a estes municípios, nesta lógica de rede, prepararem-se melhor para prosseguirem objetivos comuns e desenvolverem projetos nos seus territórios", considerou.
Por outro lado, segundo o antigo secretário de Estado, esta presidência permitirá a Portugal "posicionar-se melhor em candidaturas diretas a Bruxelas, designadamente no programa Horizonte 2020".
"Ao longo dos anos Portugal não tem sabido tirar muito partido destas candidaturas diretas a Bruxelas. Através desta rede espera-se que efetivamente consigamos criar uma dinâmica muito maior do ponto de vista dessas candidaturas", acrescentou.
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