H3 investe 5 ME este ano em novas lojas no Brasil e em Portugal

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 25 jun (Lusa) -- A 'holding' do grupo de restauração português H3 vai investir cinco milhões de euros em Portugal e no Brasil com a abertura este ano de novas lojas próprias, disse hoje um dos sócios fundadores.

Em declarações à Lusa, António Cunha Araújo afirmou que o volume de negócios do grupo H3 atingiu os 27 milhões de euros em 2013, mais 19% face a 2012, sem contar com a faturação dos franchisados, e que vão investir cinco milhões de euros em novas lojas em Portugal e, sobretudo, no Brasil até ao final do ano.

A faturação da marca H3 na maior economia da América Latina, o Brasil, alcançou os sete milhões de euros no ano passado, realçou, adiantando que a cadeia de restauração de hambúrgueres 'gourmet' vai abrir uma loja própria no BarraSoping, no Rio de Janeiro, no início de setembro e outra no Shopping Ibirapuera, em São Paulo, já no final de julho.

António Cunha Araújo referiu ainda à Lusa que a operação no Brasil "está a correr com um bom desempenho".

"O ano [2014] é atípico, por uma série de circunstâncias, nomeadamente o Mundial de Futebol e as eleições, mas acreditamos que o país vai estabilizar pois tem um grande potencial de crescimento económico", acrescentou.

A estratégia de expansão do negócio no Brasil "passa por uma aposta a médio longo prazo", salientou ainda.

A aposta no Brasil passa igualmente por "dois tipos de operações em centros comerciais", explicou António Araújo, nomeadamente "a abertura de mais lojas próprias" e a expansão através de 'franchising'.

O investimento básico, médio, na abertura de uma loja própria no Brasil varia entre um milhão e 1,2 milhões de reais (cerca de 331.400 euros e 398.000), disse também à Lusa, adiantando que o EBITDA da 'holding' do grupo (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) ascendeu a 3,5 milhões de euros no ano passado.

A internacionalização do grupo H3 no Brasil começou pela abertura de uma loja própria num "prestigiado centro comercial em São Paulo", o Shopping Morumbi, no final de novembro de 2011, a que se seguiu outra em dezembro desse ano e sete em 2012.

O grupo tem, atualmente, 10 lojas próprias em São Paulo, esperando vir abrir, pelo menos, outras seis neste país até ao final do ano.

A expansão internacional faz parte do plano estratégico do H3, que a partir do final de março deste ano passou a ter um fundo de investimento como sócio no projeto Brasileiro, permitindo deste modo "acelerar o crescimento da marca" naquele país.

A marca pode ter "uma boa expansão no Brasil", defende António Araújo, tendo explicado à Lusa que na decisão de entrada neste país pesaram, entre outros fatores críticos, a avaliação do "estágio do mercado em si mesmo" e o desenvolvimento do 'fast-food' (comida rápida, em inglês).

O plano de negócio prevê que sejam abertas 10 lojas próprias por ano até ao final de 2018.

Criada já num período de crise e depois de terem tido "uma experiência de internacionalização falhada" na Polónia, que serviu de "aprendizagem para os três fundadores" (Albano Mello, Miguel Van Uden e António Araújo), o segredo da cadeia de hambúrgueres H3 esteve na deteção de "uma falha de mercado" em Portugal.

"Não existia cá, nem mesmo em alguns países, um restaurante com as nossas características. Um restaurante [monoproduto (hambúrgueres)] com um serviço muito rápido e com uma qualidade que o cliente não espera encontrar neste tipo de oferta", realçou o gestor à Lusa.

JS // MSF

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