Autárquicas: Rali no Porto pode avançar com garantias de Menezes - Moreira e Pizarro

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 28 jun (Lusa) -- Os candidatos independente e do PS à Câmara do Porto defenderam hoje que as garantias de financiamento ao rali de Portugal do candidato social-democrata eliminam o "obstáculo" que faltava para a autarquia dar luz verde ao evento.

"A partir de agora, o atual executivo pode perfeitamente assumir este compromisso. Pela minha parte aplaudo. Seria bom que o candidato do Governo dissesse quem são os mecenas disponíveis a pagar. Já que existem que se fique a saber quem são", observou Rui Moreira, candidato independente à Câmara do Porto, em resposta à agência Lusa.

Referindo-se à carta que, de acordo com o Jornal de Notícias, a candidatura do PSD enviou ao presidente da Câmara do Porto a informar que "garantiu financiamento privado" para o evento, Manuel Pizarro, do PS, considera que "se é assim está tudo tratado".

Para remover o "último obstáculo", o socialista considera essencial que o candidato social-democrata, Luís Filipe Menezes, diga "quem são os patrocinadores e que eles venham a público confirmar que é verdade que vão patrocinar".

"Se de facto dizem que há mecenas, a partir de agora a Câmara já não tem qualquer problema ético em garantir e assinar o contrato com o Automóvel Clube de Portugal (ACP). O que me parece óbvio é que se deve saber quem são os patrocinadores", defendeu também Rui Moreira.

Para o candidato independente, a cidade tem "o problema resolvido" porque "há uma candidatura que já disse que arranja financiamento privado".

"A partir daí acho que tem de ser feito. Apenas temos de saber que financiamento privado é e quais os contornos. Se isto fica gratuito para a cidade porque há um candidato que já garantiu o financiamento ele que diga quem são os financiadores. Por nós ótimo", frisou.

Para Rui Moreira, a existência de patrocínio apenas no caso de Menezes vencer não se coloca: "O mecenas de uma cidade ou de um rali não é o mecenas das candidaturas. Um mecenas fomenta e apoia e patrocina um evento, não é um evento condicionado. A não ser que a condição seja ele eventualmente participar como piloto", afirmou.

Também Pizarro disse querer convencer-se de que "os patrocinadores patrocinam a Câmara do Porto e não o candidato".

Para Moreira, a mesma lógica aplica-se à corrida de aviões Red Bull Air Race (RBAR).

"O que sabemos é que já não existe RBAR em cidade nenhuma do mundo. Mas se ele diz que a vai conquistar para ao Porto, ótimo. A última vez que foi feito custou 400 mil euros a cada autarquia [Porto e Gaia] e os investidores privados entraram com 4 milhões de euros. Se há um candidato que diz que podem voltar a existir e que arranja esse nível de montantes, fantástico", afirmou.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, falou no domingo sobre a hipótese de realização de um rali de Portugal no Porto mas esclareceu que a decisão será a pensar no "sucessor".

"Tenho a proposta na minha secretária. Se ficasse na Câmara, não tenho dúvida de quer a minha resposta seria afirmativa. Era importante que o rali viesse para o Norte, porque há aqui muitos adeptos do desporto automóvel. Vou tomar uma decisão, mas vou ter de ponderar, porque não vou amarrar a Câmara a algo que não será para mim", admitiu.

ACG/(JYA) // MSP

Lusa/fim

+ notícias: Política

Montenegro quer que 50 anos marquem “ponto de viragem” na retenção de talento dos jovens

O primeiro-ministro manifestou esta quinta-feira a convicção de que os 50 anos do 25 de Abril serão “um ponto de viragem” para quebrar “um ciclo negativo” dos últimos anos, de “incapacidade de reter em Portugal” o talento dos jovens.

Milhares na rua e Marcelo atacado com herança colonial

Milhares, muitos milhares de pessoas saíram esta quinta-feira à rua para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, no parlamento a direita atacou o Presidente por causa da herança colonial e Marcelo fez a defesa da democracia.

25 de Abril. A carta do Presidente dos Estados Unidos para Portugal

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, congratulou esta quinta-feira Portugal pelo “espírito corajoso” com que fez a Revolução dos Cravos, há 50 anos, que permitiu o regresso da democracia.