Vila Real quer certificar e criar confraria para promover o covilhete

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 20 jun (Lusa) -- A Câmara de Vila Real quer certificar e criar a confraria do covilhete, numa estratégia que visa divulgar e fomentar o consumo deste pastel salgado que é típico da cidade transmontana.

A vereadora Eugénia Almeida disse hoje à agência que o município quer dar um "novo incremento" ao covilhete, o qual já é vendido em praticamente todas as pastelarias e padarias da cidade.

É uma espécie de empada, feita com massa folhada e recheada com carne de vaca.

A estratégia da autarquia passa por juntar o maior número de produtores deste pastel, parceiros no projeto, para avançar com o processo de certificação, que funcionará como uma garantia de qualidade e de confeção nos moldes tradicionais.

Ao mesmo tempo, o município quer lançar as bases para a criação da confraria do covilhete, que terá como missão divulgar, fomentar o consumo e até incrementar receitas à volta deste produto.

Tradicionalmente no dia de Santo António, a 13 de junho, o covilhete era comido à mesa dos vila-realenses conjuntamente com arroz no forno. Eugénia Almeida quer revitalizar esta tradição e associar modernidade também ao folhado típico.

À iniciativa do município já aderiram 10 padarias e pastelarias locais.

"É o salgado que mais se vende, de longe. Há turistas que nos visitam de propósito para provar o covilhete, porque já ouviram falar", afirmou Ercília Carocha, proprietária da pastelaria Pãozinho do Céu.

Esta responsável salientou que a certificação permitirá "promover" o salgado, o qual referiu que quer apostar na venda na zona de Lisboa, onde disse que já tem pasteleiras interessadas.

"A certificação é uma mais-valia para darmos a conhecer o nosso património gastronómico. É cada vez mais importante termos produtos da região com um selo de certificação que acrescenta uma mais-valia ao produto" acrescentou Rosa Maria, da Casa Lapão.

As comerciantes salientaram que vendem uma média de 100 covilhetes por dia nos seus estabelecimentos.

Antigamente estes folhados de carne eram apenas vendidos nas festas de Santo António, do Senhor do Calvário e da Senhora da Almodena. O seu nome está associado à pequena forma de barro preto de Bisalhães em que iam ao forno.

Na década de 60, do século XIX, os covilhetes começaram a ganhar notoriedade na gastronomia local e, no século XX, já havia pessoas a que os vendiam pelas ruas da cidade em tabuleiros cobertos com panos de linho.

Atualmente são confecionados diariamente nos principais estabelecimentos comerciais de Vila Real.

PLI // JGJ

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