Campeã do Mundo Espanha eliminada, Chile e Holanda nos "oitavos"

Campeã do Mundo Espanha eliminada, Chile e Holanda nos "oitavos"
| Mundial 2014
Porto Canal / Agências

A Espanha, campeã em título, é a primeira seleção a despedir-se do Mundial de futebol de 2014, no Brasil, ao perder hoje por 2-0 com o Chile, que se qualificou para os oitavos de final, juntamente com a Holanda.

Depois da goleada ante a Holanda, por 5-1, nova derrota, contra a "roja" sul-americana, no Rio de Janeiro, fazem com que o terceiro e último jogo espanhol no grupo B do Mundial, contra a Austrália, seja a "feijões", já que só decide o terceiro e quarto lugares.

Eduardo Vargas adiantou o Chile aos 19 minutos e Charles Aránguiz fez o 2-0 aos 43, levando o jogo para intervalo com uma diferença muito difícil de anular. Sem soluções nos primeiros 45 minutos, a Espanha também não mostrou qualidade na segunda metade do desafio, disputado no mítico Maracanã.

Com duas vitórias em dois jogos, Chile e Holanda - que hoje mais cedo bateu a Austrália (3-2) - somam seis pontos cada e serão os dois primeiros do grupo, sendo também os primeiros a chegar aos oitavos de final.

Nunca na era Del Bosque a Espanha tinha perdido dois jogos seguidos e nunca tinha feito outra coisa que não ganhar contra o Chile, em 10 jogos. Mas a vitória chilena aconteceu mesmo, levando a Espanha a juntar-se a Brasil e França como campeões em título afastados na fase final.

O fim de um ciclo brilhante, que passou pela conquista de um campeonato do mundo e dois campeonatos da Europa, foi "selado" em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro, com os golos chilenos de Vargas (20 minutos) e Aranguiz (43) a ditarem, ainda antes do intervalo, a qualificação do Chile e a eliminação da poderosa Espanha.

Para a Espanha, já de "malas feitas" para o regresso, resta o jogo mais inócuo do seu historial, segunda-feira contra a Austrália, simplesmente para evitar o último lugar do grupo B.

Desde o primeiro minuto, a equipa europeia sentiu a pressão do Chile, que entrou em campo apostado em chegar ao golo, para resolver desde logo o seu apuramento. A Espanha pouco conseguia fazer, ante adversários sempre determinados em recuperar a bola quando a perdiam a meio campo.

Claudio Bravo, na baliza do Chile, deu muita segurança e negou um golo espanhol a Xabi Alonso, que poderia ter levado a outro desfecho.

A meio da primeira parte, aos 20 minutos, quando o ímpeto chileno parecia acalmar um pouco, Xabi Alonso teve um mau lance e perdeu a bola em zona de perigo, permitindo fulgurante ataque chileno, concluído com o golo de Eduardo Vargas, após a bola "correr" por Alexis Sanchez e Aranguiz.

Aos 43 minutos, de livre direto, Alexis Sanchez voltou a ser decisivo, obrigando Iker Casillas a uma defesa em apuros, com Aranguiz a recargar com extrema eficácia, levando de novo a defesa espanhola "ao tapete".

O "colchonero" Koke no lugar do “amarelado” Xabi Alonso foi a fórmula tentada por Del Bosque para a "remontada" na segunda parte. Sem arriscar muito, lançou Torres para o lugar de Diego Costa e Cazorla para o de Pedro, mas não teve sucesso, como o esquema da primeira parte.

Esteve menos mal a Espanha, no período complementar, fase em que Claudio Bravo foi um "gigante", anulando jogadas de golo a Busquets, Iniesta e Cazorla. Não deu para alterar o marcador e o Chile segue em frente, com todo o mérito, no lugar que muitos pensavam ser certo para a Espanha.

Chile e Holanda discutem agora o primeiro lugar do grupo, sabendo que se vão cruzar com os apurados do Grupo A, do qual faz parte o anfitrião Brasil.

Jogo no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

Espanha - Chile, 0-2.

Ao intervalo: 0-2.

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0-1, Vargas, 20 minutos.

0-2, Aranguiz, 43.

- Espanha: Casillas, Azpilicueta, Javi Martínez, Sergio Ramos, Jordi Alba, Xabi Alonso (Koke, 46), Busquets, Pedro (Cazorla, 76), Silva, Iniesta, Diego Costa (Fernando Torres, 69).

Selecionador: Vicente del Bosque.

- Chile: Claudio Bravo, Isla, Silva, Medel, Jara, Mena, Aranguiz (Felipe Gutiérrez, 69), Díaz, Alexis Sanchez, Vidal (Carmona, 87), Vargas (Valdivia, 86).

Selecionador: Jorge Sampaolo (argentino).

Árbitro: Mark Geiger, Estados Unidos.

Cartão amarelo para Vidal (26), Xabi Alonso (40), Mena (61).

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