67% dos venezuelanos avalia negativamente a situação económica da Venezuela
Porto Canal / Agências
Caracas, 18 jun (Lusa) -- A situação económica da Venezuela é avaliada negativamente por 67% da população, referem os dados de uma sondagem realizada pela empresa Keller & Associados, que sublinha uma perceção cada vez mais negativa dos venezuelanos.
A sondagem incidiu nas perceções dos cidadãos sobre o ambiente socioeconómico e político em geral, decorreu entre 09 e 24 de maio e abrangeu 1.200 cidadãos de 91% dos centro populacionais e possui uma margem de erro de 2,89%.
Para 50% dos entrevistados, a situação económica familiar é má ou muito má, enquanto os restantes 50% disseram ser boa ou regular.
Por outro lado, 60% dos entrevistados diz que é falsa a afirmação que "o socialismo converteu a Venezuela numa potência mundial" e 69% não concorda quando se afirma que a gestão governamental é positiva e que a economia está bem encaminhada.
Segundo a sondagem, 85% dos cidadãos não concorda que os preços dos produtos sejam fixados pelo Governo e 93% não aceita que o Executivo também determine os preços dos imóveis.
Por outro lado, 87% dos interrogados acredita que a existência de muitas empresas privadas é importante para o progresso dos venezuelanos.
Sobre os principais problemas dos empresários privados, 29% disse ser a falta de dólares para importações, 24% a falta de matérias-primas, 10% as expropriações, 8% o controlo dos preços, 8% a legislação laboral, 3% a descida obrigatória de preços, 2% falta de competência para importações e 1% absentismo laboral.
No entanto, um grupo de 8% dos empresários respondeu não ter qualquer problema.
Para combater a escassez de produtos no país, 67% recomenda mais facilidades no acesso a matérias-primas, 32% a dólares para importações, 29% aumentar as importações, 29% que o Estado pague as dívidas aos privados, 13% aumentar a duração do dia de trabalho, 10% sancionar o absentismo laboral, 10% proteger mais os trabalhadores e 2% reduzir o tempo de trabalho.
Segundo a sondagem, se fossem agendadas eleições presidenciais, 42% votaria no candidato a ser proposto pela coligação Mesa de Unidade Democrática, na oposição, e 35% pelo candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (o partido do Governo).
Já um independente recolhia 6% dos votos e 17% não manifestaram qualquer preferência ou não respondeu.
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