Motoristas paralisaram transporte de passageiros em protesto pela insegurança na Venezuela

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Porto Canal / Agências

Caracas, 18 jun (Lusa) - Pelo menos 60 motoristas de várias linhas de transporte de passageiros da cidade venezuelana de Barquisimeto, no Estado de Lara, a sudoeste de Caracas, paralisaram terça-feira as carreiras em protesto pela falta de segurança na localidade.

A paralisação foi convocada por motoristas de El Tocuyo, em protesto pelo roubo, no domingo, de um autocarro do Terminal de Passageiros de Barquisimeto, cujo paradeiro ainda é desconhecido, e contou com a solidariedade de motoristas de outras carreiras.

Na Venezuela, a maioria dos autocarros de passageiros são propriedade dos próprios motoristas, que após comprarem uma viatura aderem a linhas de transportes.

Segundo o presidente da Federação Nacional de Transporte, Erick Zuleta, nos últimos dias foram roubado, pelo menos, três autocarros de passageiros e um motorista que tinha sido contratado para fazer um serviço eventual.

Fontes não oficiais dão conta que nas últimas semanas quase três dezenas de autocarros com passageiros foram assaltados por desconhecidos.

Ainda em Barquisimeto registaram-se, nas últimas horas, confrontos entre manifestantes que protestavam contra o Governo venezuelano e elementos da polícia militar.

Na terça-feira em Caracas, alunos da Universidade Santa Maria, protestaram contra a insegurança e o mau funcionamento dos serviços básicos daquela instituição.

Segundo o conselheiro universitário Carlos Guzmán, um autocarro de transporte escolar foi sequestrado por desconhecidos que o desviaram da carreira.

Durante o sequestro, uma estudante foi ferida a tiro e não conseguiu ser assistida rapidamente porque o seguro universitário "estava inativo", apesar de ser pago pelos estudantes ao efetuar a matrícula.

Em Valência, um grupo de cidadãos bloqueou, pelo quarto dia consecutivo, a autoestrada do este, em protesto contra o Governo venezuelano.

Os manifestantes colocaram obstáculos na autoestrada e iniciaram um jogo de futebol até serem afastados do local pela polícia militar.

Eventos idênticos, mas noutras vias, foram também registados.

Há mais de quatro meses que se registam protestos diários na Venezuela devido à crise económica, inflação, escassez de produtos, insegurança, corrupção, alegada ingerência cubana e repressão por parte de organismos de segurança do Estado.

Alguns protestos degeneraram em confrontos violentos, durante os quais, segundo fontes oficiais, morreram, pelo menos, 42 pessoas, incluindo dez polícias ou militares.

Por outro lado, quase 900 pessoas ficaram feridas, mais de 3.200 foram detidas, das quais mais de 220 continuam presas.

Mais de dez polícias foram detidos e estão em curso 197 investigações por alegadas violações de direitos fundamentais dos manifestantes.

FPG // JCS

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