UGT promete unidade e luta sindical contra corte salarial na administração pública
Porto Canal / Agências
Setúbal, 18 mai (Lusa) - O secretário-geral da UGT advertiu hoje o Governo que os sindicatos da administração pública estarão unidos contra um projetado corte médio salarial de quatro por cento e que essa medida não passará na concertação social.
Carlos Silva falava à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, ocasião em que foi confrontado com a notícia do semanário Expresso sobre uma suposta intenção do Governo de proceder a "um ajustamento de remunerações" dos funcionários públicos, através de um corte médio de quatro por cento dos salários - medida que estará inscrita na sétima avaliação da 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia).
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da UGT considerou que se trata de "mais uma medida do Governo para assustar os trabalhadores".
"Quero aqui dizer que os sindicatos da administração pública têm de ser chamados à discussão e à apresentação de propostas alternativas. Não nos passa pela cabeça que a tabela salarial única que o Governo está a preparar implique cortes salariais dessa dimensão", referiu o responsável máximo da UGT.
De acordo com Carlos Silva, se essa medida de cortes salariais for para a frente, "se houver um ataque aos pensionistas e trabalhadores da administração pública, haverá uma resposta em uníssono dos sindicatos de ambas as centrais [UGT e CGTP-IN]".
"Da parte da UGT, essa medida não passará na concertação social", acrescentou.
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