Bragança quer dar esperança a "gente a desistir de viver" devido à crise

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Porto Canal / Agências

Bragança, 26 jun (Lusa) -- O concelho de Bragança vai investir nos próximos dois anos 300 mil euros num projeto social que se propõe devolver esperança num momento em que "há gente quase a desistir de viver" devido à crise.

Crianças, desempregados e idosos são o público-alvo do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) celebrado hoje entre a Câmara Municipal e o Centro Paroquial e Social dos Santos Mártires.

Este tipo de contrato já vigorou nos últimos três anos no concelho, mas o desafio que tem para o futuro é diferente da fase anterior, como afirmou o responsável pelo centro social, José Bento, que aponta para esta nova fase a necessidade "de revitalizar a qualidade humana das pessoas".

"Vivemos hoje um pouco numa sociedade onde já há muita gente a desistir quase de viver, e este projeto, no fundo, apoia-se nas crianças, nos desempregados e nos idosos para dizer que vale a pena procurar, há sempre oportunidades que se criam e se formos todos a criar essas oportunidades será mais vantajoso e vamos conseguir por todos", declarou.

Esta instituição, que há vários anos lida com a pobreza e a exclusão social, é a coordenadora do contrato social e a responsável por identificar beneficiários e encontrar parcerias na rede e na sociedade em geral para a nova realidade ditada pela crise nacional.

"Temos pessoas que nunca se encontraram numa situação de fragilidade e, neste momento, se encontram e não têm instrumentos para as ajudar a ultrapassar porque sempre conseguiram e agora não há portas que se abrem e temos aquelas que sempre estiveram numa situação de vulnerabilidade e que agora ainda sentem mais essa situação", concretizou.

O responsável pela instituição social ligada à Igreja Católica espera, ao longo dos próximos dois anos, encontrar "elos" e também solidariedade na comunidade, "junto daqueles que ainda estão numa situação de conforto".

"E aquilo que vamos procurar tanto com uns, como com outros é dar as mãos para que este projeto possa de alguma maneira criar oportunidades", acrescentou.

Independentemente dos resultados estatísticos, para o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, o mais importante é "fortalecer a coesão social e ir ao encontro de situações de pobreza extrema e ajudar as famílias, os jovens, os cidadãos que se encontrem nessa condição ou que estejam à beira de cair nessa condição".

HFI // JGJ

Lusa/fim

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