Municípios accionistas da Valorsul escrevem carta aos interessados na aquisição da EGF

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 05 jun (Lusa) -- Os 19 municípios acionistas da Valorsul reafirmaram por carta aos privados interessados na Empresa Geral de Fomento (EGF) que discordam da decisão do Governo, que põe em causa a sua "relação exclusiva" como clientes e fornecedores da matéria-prima da empresa.

A EGF é responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos, através de 11 empresas concessionárias, entre as quais a Valorsul, que atua em 19 municípios da Área Metropolitana de Lisboa e da zona Oeste, também acionistas.

A empresa serve os municípios de Alenquer, Alcobaça, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

No início do ano, o Governo fez saber que pretende alienar 100% da sua participação na EGF, o que tem sido contestado pelos municípios acionistas da Valorsul.

Na carta que enviaram às empresas potencialmente interessadas em adquirir a EGF e à qual a Lusa teve hoje acesso, aqueles municípios afirmam que querem "deixar bem claro" que estão "indignados pela decisão unilateral do Estado de alienar a sua participação na empresa, sem diálogo com os municípios e impedindo-os de adquirir as participações que indiretamente aliena".

"Trata-se de um processo hostil aos municípios e que visa contornar as regras acordadas com o Estado", lê-se na missiva.

Os municípios defendem ainda que o "futuro da empresa passa necessariamente pela aquisição municipal da maioria do capital da Valorsul, sem o que está posto em causa o equilíbrio" que, defendem, justifica a sua relação exclusiva como clientes e fornecedores da matéria-prima.

"Desejamos com esta carta transmitir de modo formal e inequívoco a nossa posição sobre este processo de privatização da EFG de modo a que possam ponderar devidamente o vosso eventual investimento", concluem.

As empresas a quem a carta foi dirigida foram a Odebrecht Ambiental, SOLVI, DST/GPS, CR FCC Fomiento de Construcciones y Contratas, EGEO, Grupo Mota -- Engil, Antin Infrastructure Partners, Grupo Invader, Global Beijing Capital Group e URBASER.

MCL // ZO

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