Banco Africano de Desenvolvimento apoia Moçambique com 44 milhões de euros em 2014

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Porto Canal / Agências

Maputo, 05 jun (Lusa) - O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) dispõe de uma linha de financiamento de cerca de 44 milhões de euros para Moçambique em 2014, anunciou hoje o representante da instituição no país, classificando como sustentável a dívida pública moçambicana.

Joseph Ribeiro referiu que o financiamento é destinado essencialmente ao desenvolvimento de infraestruturas, sendo que "metade será atribuída em donativo e a outra parte em empréstimos sem juros", referindo que este valor poderá ser aumentado se o país investir em projetos inter-regionais.

"Se Moçambique decidir investir num projeto [inter-regional], como a interconexão elétrica com o Maláui, nós podemos multiplicar o valor. Por exemplo, se o país decidir investir 10 milhões de dólares, nós acrescentamos 15 milhões, para dar um total de 25 milhões", explicou o representante do BAD no país, durante uma conferência de imprensa no âmbito da celebração dos 50 anos de existência da organização.

Se Moçambique optar por se candidatar a este financiamento extraordinário, a organização concederá um crédito do tipo não-concecional, através de um fundo regional que dispõe, cuja taxa de juro se situa atualmente em cerca de dois por cento.

Segundo Joseph Ribeiro, neste momento, o BAD apoia 15 projetos em Moçambique nas áreas de desenvolvimento de infraestruturas rodoviárias, de energia e de irrigação, assim como de apoio social, como o empreendedorismo feminino, e ao Orçamento do Estado.

A visão estratégica da instituição financeira, que reúne cerca de 80 países parceiros, está agora voltada para o setor de infraestruturas, num aparente novo paradigma de apoio ao desenvolvimento dos países africanos que, de resto, é também seguido pelo Fundo de Desenvolvimento China-África.

"Os projetos regionais de infraestruturas criam muita riqueza, e achamos que, em termos de vantagem comparativa, merecem a nossa aposta. Pensamos que devemos deixar a área social com outros parceiros, que têm capacidade e experiência", explicou Joseph Ribeiro, sublinhando que não existe uma "dicotomia" entre o modelo de desenvolvimento social e o de infraestruturas.

Comentando o nível de endividamento público de Moçambique, que tem merecido alguns reparos por parte de vários analistas económicos, Joseph Ribeiro classificou sustentável a dívida moçambicana, notando que esta não representa uma preocupação para o BAD.

"O teto de endividamento não-concecional para Moçambique foi acordado com o Fundo Monetário Internacional para o valor de 1,5 mil milhões de dólares. Neste momento, Moçambique está abaixo desse valor e há espaço para mais projetos e, ainda assim, ficar dentro dessa margem", afirmou o responsável.

Dados hoje divulgados pelo BAD indicam que, desde a sua formação, em 1964, a instituição financeira apoiou mais de 4.000 operações no continente africano, cujo valor ascende a 67,2 mil milhões de dólares (49,3 mil milhões de euros).

EMYP // VM

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