Dois polícias e seis manifestantes feridos em ataque a casa de um governador na Venezuela

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Porto Canal / Agências

Caracas, 03 jun (Lusa) - Dois polícias e seis manifestantes foram feridos, segunda-feira, durante um novo ataque de encapuzados contra a residência oficial do governador José Gregório Vielma Mora, no estado venezuelano de Táchira, a sudoeste de Caracas.

Entre os feridos encontram-se dois menores e o oficial Marlon Ortega Roa, da Brigada de Ordem Pública.

"Está em curso um ataque conta o Governo nacional e regional, contra a Guarda Nacional e os polícias e por isso agora temos uma equipa que vigia os cabecilhas destas manifestações (...) Estes ataques de encapuzados não têm um motivo aparente e estas pessoas nunca trazem, nem apresentam, uma lista que indique a causa real dos seus protestos", disse o governador.

Segundo Vielma Mora o oficial Ortega Rosa "foi atacado de maneira selvagem por estes indivíduos, simplesmente por estar com uma câmara de vídeo, gravando os protestos".

Também no estado de Táchira, um grupo de estudantes da Universidade Católica local, alguns deles encapuzados, protestaram para exigir a libertação de dois políticos opositores e de companheiros detidos, tendo sido registados confrontos com as forças de segurança.

Dois autocarros de passageiros foram sequestrados pelos manifestantes, um dos quais foi resgatado pela polícia e o outro parcialmente incendiado.

Junto de dois estabelecimentos de ensino superior em Táchira, os manifestantes levantaram barricadas com entulho e areia, descarregados de dois camiões.

Há mais de três meses que se registam protestos diários na Venezuela devido à crise económica, inflação, escassez de produtos, insegurança, corrupção, alegada ingerência cubana e repressão por parte de organismos de segurança do Estado.

Alguns protestos degeneraram em confrontos violentos, durante os quais morreram pelo menos 42 pessoas, incluindo dez polícias ou militares. Por outro lado, quase 900 pessoas ficaram feridas, mais de 3.200 foram detidas, das quais mais de 220 continuam presas.

Mais de dez polícias foram detidos e estão em curso 197 investigações por alegadas violações de direitos fundamentais dos manifestantes.

FPG // JCS

Lusa/fim

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