Reitor da UMinho propõe manutenção do valor das propinas por causa da crise
Porto Canal / Agências
Braga, 25 jun (Lusa) - O reitor da Universidade do Minho (UMinho) defende a manutenção do valor das propinas em 1.037,20 euros, mas a última palavra será dada pelo Conselho Geral, na reunião marcada para 01 de julho, informou hoje fonte daquela academia.
A pró-reitora da UMinho Felisbela Lopes disse à Lusa que a proposta do reitor, António Cunha, de não aumento das propinas tem a ver "com difícil conjuntura económica que o país atravessa" e as inerentes dificuldades sentidas pelas famílias.
A proposta será apresentada ao Senado na quarta-feira e levada ao Conselho Geral, o órgão com poder de decisão sobre a matéria.
Em comunicado, a Associação Académica da UMinho já saudou esta proposta de António Cunha, sublinhando que ela "reforça o papel de responsabilidade social que as instituições de ensino superior devem assumir no atual contexto social, mantendo uma preocupação constante com a qualidade do ensino e dos serviços prestados pela universidade, mas também com as dificuldades sentidas pelos estudantes provenientes de agregados familiares mais desfavorecidos e de uma classe média cada vez mais asfixiada".
A Associação Académica "continua a defender que o atual valor de propinas está demasiado inflacionado face aos rendimentos médios das famílias portuguesas e que o mesmo leva a uma diminuição dos incentivos para ingressar no ensino superior.
"No entanto, não é alheia aos problemas de subfinanciamento público das universidades que colocam em risco a sustentabilidade das instituições, e insta a tutela a, de uma vez por todas, assumir a educação como prioridade", acrescenta.
Os estudantes da UMinho tinham aprovado, em meados deste mês, por unanimidade, uma moção "de luta" contra o eventual aumento do valor da propina para o ano letivo de 2013/2014 pelo valor da inflação.
Segundo a moção, aquele aumento iria ser proposto pelo reitor, o que se traduziria no pagamento de mais 28,80 euros, passando a propina a fixar-se nos 1.066 euros.
"Não sei onde é que os estudantes viram essa proposta", contrapôs Felisbela Lopes.
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