Operação de resgate de 'ferry' sul-coreano suspensa após dez dias sem avanços
Porto Canal / Agências
Seul, 02 jun (Lusa) -- Ao fim de dez dias sem progressos, as operações de resgate do 'ferry' Sewol, que se afundou ao largo da costa da Coreia do Sul, voltaram a ser suspensas hoje devido ao mau tempo e à recente morte de um mergulhador.
Os fortes ventos e as ondas de até quatro metros tornam impossível as buscas pelo menos até quarta-feira, informou hoje a guarda costeira sul-coreana, quando ainda estão por recuperar 16 corpos do interior do 'ferry' que se afundou a 16 de abril.
Do Sewol, que transportava 476 pessoas a bordo, foram retirados 288 corpos.
Face à impossibilidade de recuperar os restantes corpos, na semana passada, as equipas de resgate começaram a perfurar janelas do 'ferry' para aceder a compartimentos inexplorados até ao momento.
Na sexta-feira, um mergulhador morreu durante as buscas, facto que também pesou na hora de suspender as operações por precaução face às adversas condições meteorológicas.
Hoje veio a público que o mergulhador em causa era experiente mas não tinha licença, tendo usado a do seu irmão, o que gerou críticas relativamente à eficácia dos sistemas de verificação de profissionais que participam nas operações de resgate.
Entretanto, estava previsto para hoje o arranque do inquérito parlamento ao acidente com a visita de uma comissão formada por 18 deputados da Assembleia Nacional aos familiares das vítimas que se encontram na cidade costeira de Jindo.
Contudo, apenas alguns deputados da oposição se deslocaram ao local, o que atrasou o início do referido processo.
Em todo o caso, a investigação oficial terá já determinado as causas do acidente, aguardando-se as conclusões definitivas.
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