Porto, 25 jun (Lusa) -- O candidato socialista à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, defendeu hoje que a autarquia deve valorizar a sua relação com o Museu Nacional Soares dos Reis, transformando este espaço na "cúpula do apoio às artes na cidade".

A "intensificação" dessa relação "passa não apenas por uma programação mais mediatizada deste próprio museu nacional, mas também por uma reformulação da galeria do Palácio de Cristal (localizado nas proximidades), que tem estado quase ao abandono nestes últimos anos", disse.

Manuel Pizarro falava aos jornalistas no final de uma reunião com a direção do Museu Nacional Soares dos Reis para debater a promoção deste espaço museológico no circuito cultural da cidade, nomeadamente aumentando o seu papel como dinamizador da zona das galerias de Miguel Bombarda.

O candidato do PS à Câmara do Porto entende que "tem de ser a partir da Câmara que deve irradiar este esforço de agregação de vontades e de programação".

"Este museu não tem sido olhado pela cidade e pela Câmara com o respeito e com a importância que merece. Este museu pode ser a porta de entrada para o percurso da arte no Porto, com a arte do século 19 que está especialmente bem representado no Museu Soares dos Reis, com a arte do século 20 que devia ter um espaço próprio na galeria do Palácio e com a valorização da arte contemporânea no espaço das galerias de Miguel Bombarda", referiu Manuel Pizarro.

Em seu entender, "uma programação em conjunto pode valorizar o papel do Porto nas artes plásticas, pode trazer e educar novos públicos e pode reforçar o importante valor económico do setor da cultura, quer na sua componente de atração turística, quer na própria componente do mercado da arte, que pode ser mais valorizado".

"Só a Câmara Municipal, do meu ponto de vista, é que está em condições de juntar estas instituições - do Estado, municipal e privadas - e estabelecer uma programação conjunta mais audaciosa, que seja internacionalmente atrativa, complementando o Museu de Serralves, que já está completamente inserido no circuito internacional das artes", frisou.

Manuel Pizarro defende a criação de "um segundo polo, mais dedicado aos artistas nacionais que complementasse essa capacidade de atração que Serralves já hoje tem".

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