Um caiaque, material e "muita ilusão" para dar a volta à Península Ibérica

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Porto Canal / Agências

Redação, 30 mai (Lusa) -- Um caiaque, dezenas de quilos de material e "muita ilusão" vão levar Nuno Pereira a iniciar no sábado no Seixal, a solo, a inédita aventura de dar a volta à Península Ibérica, em quatro meses de canoagem de mar.

"Gosto dos desafios no desporto. Fui ciclista e habituei-me à competição. Achei que já não tinha idade para a competição e queria fazer expedição. Não era a minha área, mas gostava da canoagem pela sua natureza. Ao longo do tempo tenho subido a fasquia. Em 2010 dei a volta a Portugal com o Rui Calado. Agora resolvi tentar fazer a volta à Península Ibérica, algo que nunca um português tentou", resume.

Em declarações à agência Lusa, o canoísta, que pratica a modalidade desde 2008, revela que quer cumprir a missão "sem pressas", mas pretende "não exceder os quatro meses", sendo que a aventura vai decorrer "a solo e em regime de quase autonomia".

Nuno Pereira partirá do Seixal direto à barra do Tejo, segue para o Algarve e contorna toda a zona sul de Portugal e Espanha, subindo o Mediterrânio até França, em Cerbère. Depois transporta o kayak para o lado do Oceano Atlântico onde começa em Hondarribia a segunda fase, que passando pelo golfo de Biscaia, "talvez a fase mais perigosa de todas", cabo Finisterra, acabando a descer a costa de Portugal até casa.

"Não vou ter qualquer acompanhamento em terra. Levo toda a comida e equipamento necessário para acampar nas praias. Se necessário, um membro da equipa de apoio pode ajudar-me. Se uma situação dessas acontecer, é porque não será para continuar. Preciso de ajuda", reconhece.

Nuno Pereira diz que tem contado com o apoio de amigos e de anónimos, todos dispostos a ajudar, "nem que seja com um jantar quente ao fim do dia", que, estipula, contará, em média, com oito horas no mar.

"Os riscos são imensos. Basta uma coisa correr mal para o projeto ir todo por água abaixo. As saídas do mar eram um problema, mas treinei e evoluí. É complicado dobrar os cabos. Há vários perigos, até o de adoecer no meio do mar. Enquanto ciclista punha um pé no chão, ligava a alguém e vinham-me buscar. No mar estamos sozinhos. É zona inóspita ao ambiente humano", reconhece.

Mas as dificuldades são mais: "Pode estar bom tempo e, contra as previsões, ficar vento forte ou o mar subir. Em terra há perigo de assaltos e vandalismo. Tudo pode ser um perigo. Tentarei agir com muita prevenção para gerir as situações".

Nuno Pereira vai apoiar a Operação Nariz Vermelho e atualizar diariamente a sua aventura em www.voltaiberica.com.

RBA // NFO

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