Fenprof não entregou novo pré-aviso de greve para tentar solução
Porto Canal
A Federação Nacional de Professores (FENPROF) decidiu não entregar na segunda-feira o pré-aviso de greve às avaliações para a próxima semana, por acreditar ser possível chegar a uma "solução aceitável" que atenue os efeitos da mobilidade especial.
"Não entregamos ontem (segunda-feira) intencionalmente para dar a ideia de haver a possibilidade de se encontrar uma solução aceitável", disse à agência Lusa o dirigente da estrutura sindical António Avelãs.
De acordo com António Avelãs, existe um mecanismo que está em cima da mesa que permite atenuar a mobilidade.
A proposta passa por considerar componente letiva mais atividades fora do tempo de aulas.
"A coadjuvação de Educação Física ou de Inglês do 1.º Ciclo, ou o apoio a alunos, por exemplo, não consta nesta versão como componente letiva para quem tem horários zero. Se este tipo de atividades passar a ser considerado teremos muito menos professores" em risco, disse.
Para António Avelãs, esta é a "questão de fundo", que poderá desbloquear o impasse nas negociações com o Ministério da Educação.
À entrada para mais uma reunião com o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, disse aos jornalistas que se ficar hoje o texto de segunda-feira não será suspensa a greve às avaliações, prevista até ao final da semana.
O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, mostrou-se otimista em relação às negociações, sublinhando que se todos fizerem o seu "papel de construção" serão atingidas "algumas soluções que minimizam problemas".
Entretanto, a Pró-Ordem anunciou que irá subscrever hoje a ata final de negociação com o ministério.