Câmara de Soure "indignada" com atraso na abertura do nó na autoestrada A1

| País
Porto Canal / Agências

Soure, 28 mai (Lusa) - O presidente da Câmara de Soure, Mário Jorge Nunes, está "indignado" com o atraso na abertura do nó da autoestrada A1 que serve o concelho, alegando que a obra está pronta há mais de dois meses.

"A obra está totalmente pronta há dois meses e meio e já foi entregue [pelo empreiteiro] à concessionária [Brisa]. Falta é um despacho do ministério das Finanças, não sei se da ministra ou se de um secretário de Estado", disse à agência Lusa Mário Jorge Nunes.

A Lusa contactou o Ministério das Finanças e o Ministério da Economia, mas não obteve qualquer esclarecimento.

Classificando a situação de "perfeita anedota", o autarca disse ser "inadmissível" para o tecido económico municipal e para a própria concessionária das autoestradas que o nó de Soure se mantenha encerrado, apesar de pronto.

"Ainda por cima, a obra [que tem um custo estimado de 6,5 milhões de euros] não foi financiada pelo Orçamento do Estado, o Estado não gastou ali um euro que fosse. Não se entende uma coisa destas", frisou.

Ainda de acordo com Mário Jorge Nunes, a tramitação necessária à abertura do nó rodoviário - localizado entre Pombal e Condeixa-a-Nova, a cerca de cinco quilómetros de Soure - quer por parte da empresa Estradas de Portugal, quer por parte do Instituto da Mobilidade e dos Transportes "está concluída", garantiu.

"Mas como falta um papel, o nó não abre. Isto não faz sentido nenhum", alegou.

Já Paulo Campos, deputado do PS que, em março, questionou o Ministério da Economia sobre a demora na abertura do nó de Soure, remete a responsabilidade para o Governo, classificando de "inadmissível" a situação.

Segundo Paulo Campos - que subscreveu, com outros cinco deputados, a pergunta ao ministro da Economia, mas ainda não obteve resposta - a demora estará na "teia burocrática" do Estado.

"O que o Governo está a fazer, ainda por cima num investimento que não é seu, é prejudicar a economia do país", declarou.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Brisa disse apenas que a concessionária não possui "ainda as autorizações necessárias para abrir o nó de Soure", cuja empreitada começou em outubro de 2012.

No início de dezembro de 2013, durante uma visita às obras de construção daquela infraestrutura rodoviária, a Brisa estimava a abertura para finais de janeiro, um atraso de sensivelmente um mês em relação à programação original.

JLS/SR // SSS.

Lusa/Fim

+ notícias: País

Salário mínimo, direito a férias e à greve são conquistas da Revolução dos Cravos

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

Marcelo acompanha situação dos dois portugueses que morreram em acidente na Namíbia

O Presidente da República disse estar a acompanhar a situação dos portugueses envolvidos num acidente de autocarro no deserto da Namíbia na tarde de quarta-feira, em que terão morrido pelo menos duas nacionais.

Parlamento aprova voto de pesar pela morte do jornalista Pedro Cruz 

A Assembleia da República aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do jornalista Pedro Cruz, aos 53 anos, recordando-o como uma das vozes “mais distintas e corajosas” da comunicação social.