Nova campanha de apelo a dádivas de sangue arranca hoje

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Porto Canal

 O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) lança hoje em todo o país mais uma campanha de apelo à dádiva de sangue dos portugueses para prevenir a habitual quebra de colheita nos meses de verão.

A campanha, que resulta de uma parceria entre o IPST e a área farmacêutica da empresa 3M Portugal, inclui a colocação de cartazes, anúncios televisivos, distribuição de folhetos e presença nas redes sociais.

Durante os meses de junho e julho, a campanha vai contar com vários pontos de recolha de sangue fixos e sete unidades móveis do IPST, decoradas com uma imagem criada especialmente para a campanha, para fazer a recolha de norte a sul do país.

Tendo como lema "Ajuda-nos dando um pouco de ti", a iniciativa pretende consciencializar a população, especialmente os mais jovens, da importância de dar sangue e aumentar o número de dadores de sangue em Portugal.

O rosto escolhido para a campanha foi o da jovem atriz e modelo Catarina Gouveia.

"Estamos muito bem durante os meses de março, abril, maio e junho e depois entramos com algumas dificuldades em julho, agosto e parte de setembro para recuperarmos em outubro, novembro e dezembro. Em janeiro e fevereiro as colheitas voltam a descer", disse à agência Lusa Luís Negrão, responsável pelo setor de colheitas e promoção da dádiva de sangue do IPST.

Portugal tem necessidades diárias entre 1.200 a 1.300 unidades de sangue e, segundo Luís Negrão, há alturas em que as reservas estão em baixo.

O responsável do IPST explicou que atualmente Portugal "está bem" no que toca a reservas de sangue, embora os grupos "mais difíceis", os 0- e A-, sejam sempre motivo de preocupação para os responsáveis pelas colheitas.

"São dois grupos sanguíneos que são sempre solicitados e nós andamos sempre muito preocupados com os níveis dos A- e dos 0-. Claro que não nos preocupam só estes, mas há uns em que as necessidades são muito maiores e que se consomem com mais facilidade", disse Luís Negrão.

Para o responsável do IPST, a grande preocupação atualmente é fazer passar a mensagem de que é importante dar sangue junto dos jovens, para conseguir compensar o número de dadores que vão deixando as dádivas.

"Neste momento os dadores têm uma média de idades na casa dos 45 anos. Temos uma população um pouco envelhecida em termos de dadores de sangue e estamos a tentar implementar a dádiva de sangue entre os jovens. Não é uma tarefa fácil", disse Luís Negrão.

O responsável do IPST explicou que jovens dão menos vezes sangue do que os dadores mais velhos, sendo por isso necessários mais do que um jovem para repor as dádivas de um único dador que se "reforma".

"E eles[os jovens] não estão a entrar", disse Negrão, adiantando que, na faixa etária dos 18 aos 25 anos, as raparigas estão a dar mais sangue que os rapazes.

"O dar sangue, que foi ao longo dos anos uma coisa de homens, agora, nas faixas mais novas, estamos a verificar que as raparigas estão a dar um passo em frente", disse, atribuindo a mudança a fatores como a maior maturidade e preocupação com a sociedade.

Nesta campanha, os tradicionais pensos rápidos usados após a dádiva foram substituídos por autocolantes coloridos com a palavra "Give" (dar) para promover o orgulho de dar sangue.

O responsável do IPST diz que a expectativa é aumentar o número de dadores e está convencido de que, como em campanhas anteriores, os portugueses irão "responder favoravelmente".

O IPST representa cerca de 60 por cento das colheitas de sangue a nível nacional. O centro de recolhas de Lisboa tem cerca de 5.000 dadores.

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