Festival desafia comerciantes do centro histórico de Viseu a florirem as ruas
Porto Canal / Agências
Viseu, 26 mai (Lusa) -- Comerciantes das principais ruas do centro histórico de Viseu estão a ser desafiados a colocar vasos de flores à entrada das portas dos estabelecimentos, no âmbito do festival Jardins Efémeros, que decorrerá em julho.
"A minha cidade é o meu jardim" é o nome da iniciativa hoje apresentada publicamente, que pretende envolver os comerciantes na transformação das ruas, aproveitando a quarta edição do festival, que no ano passado atraiu 50 mil visitantes.
Segundo a diretora do festival Jardins Efémeros, Sandra Oliveira, o objetivo é "potenciar o centro comercial a céu aberto" que é o centro histórico da cidade, levando a mais visitas, que futuramente podem resultar em mais vendas.
Na sua opinião, esta iniciativa permitirá "uma frescura de olhar que as ruas graníticas do centro histórico de Viseu não têm".
Este ano, o festival Jardins Efémeros realiza-se entre 11 e 20 de julho, mas Sandra Oliveira gostaria que esta ação perdurasse até ao final do verão, por acreditar que o seu impacto será "potenciador de uma agradável visita às ruas com estas manchas coloridas e aromatizadas", nomeadamente durante o período da Feira de S. Mateus.
"É uma oportunidade de nos diferenciarmos de outras cidades", frisou Sandra Oliveira, acrescentando ter indicadores de que os hotéis próximos do centro histórico vão estar cheios nos fins de semana do festival.
Os vasos escolhidos são de formato tradicional, de barro, e as espécies e tamanho das flores tiveram em conta as características das ruas e das monstras.
As ruas abrangidas por esta iniciativa são a do Comércio, Formosa, da Paz, Direita e as contíguas a esta última, que terão, respetivamente, margaridas, buganvílias, "solanum", hortenses e sardinheiras.
Para participarem, os comerciantes terão de pagar entre 24,5 e 45,5 euros (mais IVA) por cada vaso, dependendo do tipo de flor atribuído à sua rua.
O presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, Gualter Mirandez, mostrou-se convencido de que haverá "uma aceitação quase geral" à iniciativa.
"Fica bem se for massificado. Se for um vaso aqui, outro ali, não tem o mesmo impacto", considerou.
Para Gualter Mirandez, os comerciantes da cidade têm todo o interesse em envolver-se nestas iniciativas e, por isso, devem ter um "espírito aberto" quando elas surgem.
"Sem pessoas, não fazemos negócios. Se temos oportunidade de começar a trazer pessoas, temos de estar disponíveis e tudo o que nos seja solicitado, dentro das nossas possibilidades, devemos acompanhar", realçou.
O gestor do centro histórico, Fernando Marques, considerou que a iniciativa tem "um custo bastante tolerável" para os comerciantes e criará "um impacto cénico de uma atmosfera bonita" no centro histórico.
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