Lisboa, 24 jun (Lusa) -- O democrata-cristão Filipe Anacoreta Correia pediu hoje a demissão do secretário-geral do CDS-PP e uma tomada de posição por parte do líder partidário, Paulo Portas, por alegada ingerência de António Carlos Monteiro nos processos democráticos internos.

Em causa está, segundo aquele conselheiro nacional, suspeitas de irregularidades numa eleição na mesa de Lagoa, Faro, e a recusa de uma proposta de moção, no plenário concelhio de Aveiro, contra a candidatura em coligação com o PSD da lista liderada por Ribau Esteves, nas autárquicas de setembro.

"O secretário-geral do partido tem tido uma intervenção direta e totalmente ilegítima, ao arrepio do que estabelecem os estatutos, em decisões que apenas cabem aos militantes do partido", acusou.

Para Anacoreta Correia, que vai apresentar uma moção no XXV Congresso do CDS-PP, entre 6 e 7 de julho, na Póvoa do Varzim, António Carlos Monteiro, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, teve atuações "ilegítimas" e há "excesso de protagonismo da direção nacional em matérias que cabem aos militantes locais".

"Cabe-nos, em primeiro lugar, pedir a demissão do secretário-geral. Por outro lado, não acreditamos que Paulo Portas esteja ligado a este comportamento. Exigimos da parte dele um distanciamento público imediato para, finalmente, se retomar a normalidade", afirmou.

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