Candidatura portuguesa entre as 39 que concorrem ao Prémio Príncipe das Astúrias de Investigação
Porto Canal / Agências
Oviedo, Espanha, 23 mai (Lusa) - Uma candidatura de Portugal faz parte das 39 de 17 países que foram apresentadas à edição de 2014 do Prémio Príncipe das Astúrias da Investigação Científica e Técnica, que será atribuído na próxima quarta-feira.
As deliberações do júri arrancam na terça-feira, quando será definida uma pequena lista de favoritos antes do anúncio oficial na quarta-feira do quarto dos oito galardões anuais do Prémio Príncipe das Astúrias.
Nas últimas semanas já foram atribuídos ao arquiteto Frank Gehry o prémio das Artes, ao historiador e hispanista francês Joseph Pérez o prémio das Ciências Sociais 2014 e ao desenhador gráfico argentino Quino, criador da personagem Mafalda, o de Comunicação e Humanidades.
Segundo informou a Fundação Príncipe das Astúrias em comunicado há, além de Portugal, candidaturas da Alemanha, Argentina, Bélgica, China, Estados Unidos, Espanha, França, Hungria, Índia, Itália, Japão, Jordânia, México, Paraguai, Reino Unido e Suíça.
Estes prémios reconhecem o "trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário realizado por pessoas, instituições, grupos de pessoas ou de instituições".
No caso da categoria das Ciência Sociais o prémio será outorgado a pessoas cujas descobertas ou invenções representam um "contributo relevante para o progresso e bem-estar da humanidade nos campos de matemática, astronomia e astrofísica, física, química, ciências da vida, ciências médicas, ciências da Terra e do espaço e as ciências tecnológicas".
Os vencedores recebem uma escultura de Joan Miró, 50 mil euros, um diploma e uma medalha.
Em 2013, o prémio recaiu sobre o CERN e os físicos Peter Higgs e François Englert, que posteriormente receberam o Prémio Nobel da Física 2013, em reconhecimento da sua formulação da existência do bosão de Higgs.
O galardão espanhol reconheceu o trabalho na descoberta da partícula subatómica, conhecido como a "partícula de deus", na origem da massa de outras partículas.
Englert, com o físico belga Robert Brout (já falecido), por um lado e Higgs, por outro, propuseram em 1964, ao mesmo tempo e de forma independente, a existência do que ficou conhecido como o bosão de Higgs ou a dita "partícula de Deus".
Quase cinquenta anos depois, a 04 de julho de 2012, o Centro Europeu de Física de Partículas (CERN) anunciou a confirmação experimental de que o bosão existe.
O cientista António Damásio recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias de Investigação Científica e Técnica, em 2005, altura em que também foi distinguido o Instituto Camões, com o prémio de Comunicação e Humanidades.
Entre os distinguidos com os Prémios Príncipe das Astúrias contam-se, em 1995, os portugueses Mário Soares, com o prémio de Cooperação Internacional, e Joaquim Veríssimo Serrão, historiador, com o prémio de Ciências Sociais. Dez anos antes, em 1985, o prémio na área de Cooperação Internacional foi atribuído à Universidade de Coimbra.
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