O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, lamentou hoje que o Ministério da Educação não tenha apresentado novas propostas e reiterou que a “requalificação não faz sentido para os professores”.

Duas horas depois de ter entrado no Ministério da Educação, João Dias da Silva saiu do edifício da 5 de outubro sublinhando que o documento hoje em negociação não traz novidades, mostrando-se no entanto expectante em relação à segunda ronda negocial do dia, agendada para as 16:30.

“Há uma segunda reunião em que julgo que o Ministério da Educação apresentará um novo documento”, afirmou o sindicalista, em declarações os jornalistas, referindo-se à segunda ronda negocial, agendada para hoje e à qual deverão comparecer representantes de todos os sindicatos que hoje estiveram reunidos com o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida.

Dias da Silva sublinhou que durante a primeira reunião “o Governo manteve a proposta de durante o próximo ano letivo fazer a avaliação dos mecanismos de atribuição de trabalho nas escolas e verificar o seu impacto”, o que significa que a requalificação só teria início em fevereiro de 2015.

Sobre o diploma que define os limites geográficos, Dias da Silva considerou que o documento não está claro, reconhecendo que “os professores não estão obrigados a apresentar-se a uma escola a mais de 60 quilómetros”.

O Ministério da Educação vai voltar a receber ainda esta tarde todos os sindicatos numa tentativa de chegar a acordo e conseguir o fim da greve às avaliações, iniciada a 7 de junho.