Novos vereadores da Câmara do Funchal apresentados na proxima semana

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Porto Canal / Agências

Funchal, 22 mai (Lusa) -- A vice-presidente da Câmara do Funchal e os vereadores Gil Canha e Edgar Silva renunciaram hoje formalmente aos mandatos, na reunião semanal do executivo, e os novos vereadores serão apresentados na próxima semana, disse o presidente da autarquia.

"Nesta reunião de câmara a vice-presidente, Filipa Jardim Fernandes e os vereadores Edgar Silva e Gil Canha apresentaram a sua renúncia ao mandato", declarou Paulo Cafôfo aos jornalistas no final do encontro.

O autarca, eleito pela coligação PS/BE/PND/MPT/PTP/PAN (que conseguiu, além da presidência, quatro lugares na vereação), adiantou que agora é necessário cumprir as determinações regimentais e que os vereadores que vão entrar no executivo "só o poderão fazer na reunião da próxima semana".

"Por nossa vontade esta situação já teria sido resolvida, mas pelo facto de terem sido apresentadas só hoje as renúncias ao mandato a situação só pode ser definitivamente resolvida na próxima quinta-feira", destacou o responsável.

Paulo Cafôfo referiu que vai consultar a vereação e "desencadear todo o processo de modo a que a câmara tenha assegurada a continuidade do projeto vencedor nas eleições de 29 de setembro" de 2013, considerando que este "não está em risco".

O presidente da câmara refutou também as críticas de que esta crise governativa no município está relacionada com irresponsabilidade política e falta de bom senso da sua parte, assegurando que sempre procurou resolver os problemas internamente e através do diálogo.

"Mas houve um extremar de posições que levou à situação que hoje acaba e culmina com a saída destes vereadores. Não houve da minha parte qualquer atitude menos correta de não tentar solucionar este problema", afirmou.

Segundo Paulo Cafôfo, estão agora estão reunidas as condições para a Câmara Municipal do Funchal "entrar numa fase de estabilidade", até porque a população "não está interessada no lavar de roupa suja na praça pública, nem em guerrilhas políticas ou combates pessoais ou personalizados".

O responsável vincou que existiram "desentendimentos lamentáveis" e sublinhou que o trabalho dos primeiros meses de funções não está perdido.

O autarca rejeitou que haja grupos económicos a interferir na gestão municipal, garantindo que "não há qualquer interferência naquelas que são as decisões da câmara" e que a equipa está determinada em "não beneficiar ninguém".

"O que culminou nesta situação foi o facto de o vereador Gil Canha não ter aceitado, depois de um diálogo, dum debate interno na equipa, aquele que era um ajuste nos pelouros e competências", salientou, realçando que o vereador se "colocou numa posição de autoexclusão".

Paulo Cafôfo afirmou-se confiante de que terá até ao final do mandato "todas as condições de governabilidade na Câmara Municipal do Funchal" e observou que "ninguém saiu beneficiado deste processo todo".

Domingos Rodrigues, Andreia Caetano, Maurício Marques, Madalena Santos, Miguel Silva Gouveia e Alicia Sousa são os nomes que seguem na lista que coligação "Mudança" apresentou nas eleições de setembro do ano passado.

Os problemas no seio do executivo do Funchal surgiram há mais de uma semana quando Paulo Cafôfo decidiu redistribuir pelouros, tirando a responsabilidade pela Fiscalização Municipal ao vereador ao vereador Gil Canha (PND).

Em desacordo com a decisão, o autarca acabou por rejeitar todas as suas competências na câmara, decisão secundada dias depois pela vice-presidente, Filipa Jardim Fernandes (independente), e pelo vereador Edgar Silva (PTP).

AMB // ROC

Lusa/fim

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