Sociedade Portuguesa de Autores celebra hoje 89 anos e distingue personalidades
Porto Canal / Agências
Lisboa, 22 mai (Lusa) -- A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) celebra hoje 89 anos e o Dia do Autor Português, com a entrega de uma série de prémios, nomeadamente, o Prémio de Consagração de Carreira, à poetisa e jornalista Maria Teresa Horta.
Em declarações à Lusa, no passado dia 15, quando foi divulgado o nome do galardoado, Maria Teresa Horta afirmou-se "muita satisfeita" pela distinção pelos seus pares e garantiu que o vai receber pessoalmente.
"Perguntei de imediato quem ia entregar o prémio e, como vai ser o José Jorge Letria, com certeza que vou e é um prazer", disse.
"Tenho dificuldade em expressar a alegria, mas, na verdade, fiquei muito satisfeita, sempre tive um percurso muito perto da literatura e sou uma mulher que amo, amo a literatura, tenho uma paixão pelos livros - adoro livros - e toda a minha escrita é atravessada pela reflexão sobre a própria escrita", afirmou a autora à Lusa.
Hoje também será conhecido o vencedor do Grande Prémio de Teatro SPA/Novo Grupo e serão entregues sete Medalhas de Honra a "autores que se destacaram", afirma a cooperativa de autores em comunicado enviado à Lusa.
Sete personalidades recebem também hoje os Prémios Pró-Autor, "por se terem evidenciado na defesa dos autores e das suas obras".
A cerimónia de entrega está marcada para as 18:00, na Sala-Galeria Carlos Paredes, no edifício 02 da cooperativa, na rua Gonçalves Crespo, em Lisboa, e inclui uma intervenção do presidente da SPA, José Jorge Letria, e a leitura da mensagem do Dia do Autor, de autoria do escritor António Torrado.
A cooperativa foi fundada em Lisboa em 1925, apesar de, em 1911, através do poeta Henrique Lopes de Mendonça, e em 1873, por iniciativa do escritor Costa Braga, se terem dado início a núcleos de defesa dos Direitos do Autor.
Em 1925, Mário Duarte, autor e tradutor teatral, juntamente com o escritor Júlio Dantas, Henrique Lopes de Mendonça, os dramaturgos Félix Bermudes, Ernesto Rodrigues, André Brun, o empresário teatral João Bastos e os compositores Alves Coelho, Carlos Calderón e Luz Júnior fundaram a Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, como cooperativa anónima de responsabilidade limitada, antecessora da atual SPA. Logo nesse ano foi criada uma delegação no Porto.
Em 1970, liderava a Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, o dramaturgo Carlos Selvagem, quando foi feita uma revisão dos estatutos, que vigoravam desde 1928, e foi alterada a denominação da cooperativa para SPA-Sociedade Portuguesa de Autores, dada a abrangência da ação sobre todas as áreas da criação intelectual.
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