PCP critica iniciativa em defesa do ramal da Lousã e do projeto metro Mondego

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Porto Canal / Agências

Coimbra, 21 mai (Lusa) - O PCP e a CDU criticaram hoje o Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Góis e Miranda do Corvo por promover uma ação no sábado, em Coimbra, em defesa do ramal da Lousã e do projeto Metro Mondego.

"Parece-nos que a marcação da ação para o dia 24 de maio, dia de reflexão eleitoral, está ferida na sua legalidade e não pode deixar de ser vista como tentativa de criar ruído para servir de biombo aos verdadeiros responsáveis pelo roubo às populações", refere uma nota de imprensa do secretariado regional do PCP.

A centenária linha da Lousã foi desativada há quase quatro anos, estando concluída, no âmbito do projeto Metro Mondego, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego (MM), que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.

O projeto Metro Mondego, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo "tram-train" - com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais - na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.

No dia 09 de maio, o Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Góis e Miranda do Corvo tomou a iniciativa de promover uma ação no sábado, em Coimbra, "de toda a classe política da região, incluindo autarcas das oposições, deputados municipais e dirigentes das comissões políticas locais de todos os partidos", para chamar a atenção para as obras inacabadas.

Segundo o PCP, "a utilização da expressão 'classe política' para a designação da ação só pode ser entendida como uma tentativa de branquear os verdadeiros responsáveis, tentando fazer passar a ideia de que os partidos são todos iguais e tentando impedir que se vejam as diferenças entre aqueles que sempre estiveram do mesmo lado e aqueles que destruíram ou foram coniventes com a destruição".

"Tal como o PCP e a CDU têm vindo a denunciar, os sucessivos Governos PS, PSD e CDS enganaram as populações e os executivos camarários de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo (PS e PSD) assinaram de cruz a 'morte' do Ramal", referem os comunistas.

"O PCP e a CDU sempre defenderam intransigentemente o Ramal da Lousã. Sempre defenderam a reposição dos carris, a eletrificação e a modernização da linha e foram contra a implementação da solução Metro Mondego neste ramal", acrescenta o documento.

Os eleitos municipais da CDU de Miranda do Corvo, Lousã e Coimbra defenderam, recentemente, a extinção da empresa Metro Mondego e a canalização das verbas para modernizar e eletrificar a linha da Lousã e melhorar os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, bem como a devolução do seu património ao domínio público ferroviário e ao domínio municipal.

AMV // SSS

Lusa/fim

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