PPM considera o euro "hipervalorizada" e "refém" da economia alemã
Porto Canal / Agências
Porto, 20 mai (Lusa) -- O cabeça de lista do Partido Popular Monárquico (PPM) às europeias, Nuno Correia da Silva, considerou hoje o euro uma moeda "inimiga" das economias, "hipervalorizada" e "refém" da economia alemã, levando Portugal a perder competitividade.
"Portugal hoje não tem uma política monetária, não pode emitir moeda, não pode definir o valor da sua moeda e não pode usar o valor da sua moeda para ganhar competitividade internacional e tudo isto decorre de haver uma moeda única", afirmou o candidato numa ação de campanha no Mercado do Bolhão, no Porto.
Nuno Correia da Silva considerou que o euro deve ser aplicado nas suas desvantagens e vantagens porque, atualmente, esta moeda sacrifica todos os Estados da zona euro em benefício da Alemanha.
Entre floristas e peixeiras, o candidato do PPM, acompanhado pelo fadista Gonçalo da Câmara Pereira, lembrava que a Europa atual é "egoísta", transformando-se num "gigante burocrático".
O candidato do PPM disse que a ideia que deram do país, afirmando que os portugueses trabalham pouco, foi "injusta e muito cruel".
"Somos o povo que mais horas trabalha por semana na Europa", realçou.
Acompanhado por uma comitiva de dez pessoas, Nuno Correia da Silva ia distribuindo panfletos e apelando ao voto no PPM, alegando ser o partido das alternativas.
"É muito importante que os portugueses acreditem, não desistam, não se resignem e votem", declarou.
Ouvindo queixas sobre o estado de degradação do Mercado do Bolhão, Nuno Correia da Silva ia reafirmando que o voto no PPM, a 25 de maio, era de "mudança e solução".
O cabeça de lista do PPM lembrou que defende a criação de um fundo para a reestruturação das dívidas das famílias e de uma pensão social europeia.
"É urgente criar uma Europa social e fiel aos seus fundadores", entendeu.
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