Crédit Suisse vai pagar multa de 2,6 mil milhões aos EUA

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Porto Canal / Agências

Zurique, 20 mai (Lusa) - O Crédit Suisse reconheceu-se culpado num litígio fiscal com os Estados Unidos e aceitou pagar uma multa de 2,6 mil milhões de dólares, mas o presidente do banco afirmou hoje que nunca ponderou demitir-se.

"Nunca tive isso em consideração", declarou Brady Dougan, numa conferência telefónica, depois de o banco ter reconhecido a culpa por ter ajudado norte-americanos ricos a fugirem ao fisco.

"Trabalhámos bastante para resolver esta questão. Pessoalmente fiz deste caso uma prioridade", acrescentou, em alusão ao acordo anunciado na segunda-feira à noite, que permite ao banco manter a sua atividade nos Estados Unidos.

Brady Dougan, um norte-americano que lidera o banco desde 2007, afirmou-se "muito empenhado" em continuar no Crédit Suisse no futuro.

Na Suíça, o conflito fiscal da instituição financeira com os Estados Unidos entrou na política e o presidente do Partido Socialista renovou hoje o apelo à demissão dos dirigentes do Crédit Suisse.

Na assembleia geral do banco realizada no início de maio, um acionista individual já tinha pedido a demissão de Dougan.

Brady Dougan testemunhou em fevereiro numa comissão de inquérito do Senado norte-americano e reconheceu que o banco agiu mal, mas atribuiu o erro a um número reduzido de funcionários.

Segundo um relatório do Senado, o segundo maior banco suíço tinha em 2006 contas de mais de 22 mil clientes norte-americanos. O documento assinala um montante total de 10 a 12 mil milhões de dólares, em grande parte não declarados.

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