CIA promete não voltar a usar falsas campanhas de vacinação nas suas operações

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Porto Canal / Agências

Washington, 20 mai (Lusa) -- A Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos prometeu não voltar a usar no âmbito das suas operações falsas campanhas de vacinação, como ocorreu há três anos nas buscas pelo então líder da Al-Qaida, Osama Bin Laden.

O compromisso foi feito em exclusivo ao jornal The Washington Post por um assessor de Segurança Nacional do Presidente norte-americano, Barack Obama, numa carta de resposta a outra missiva em que os decanos de doze faculdades de saúde pública norte-americanas se queixavam dos prejuízos inerentes a este tipo de práticas.

O diário, que adiantou a informação esta madrugada, cita como fontes a referida assessora Lisa Monaco e a porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, Caitlin Hayden.

Os decanos endereçaram, em janeiro de 2013, uma carta a Barack Obama, em que protestam contra a operação em que a CIA recorreu ao médico paquistanês Shakil Afridi para conseguir amostras de ADN que puderam confirmar a presença de Bin Laden na zona através de uma falsa campanha de vacinação contra a poliomielite em Abbottabad.

Na sequência da controversa operação, o médico Shakil Afridi acabou por ser condenado por traição pela justiça paquistanesa a uma pena de 33 anos de prisão, reduzida, mais tarde, para 23 anos.

"Encobrir operações dos serviços de inteligência com o serviço público humanitário provocou danos colaterais que afetaram toda a comunidade de saúde pública", escreveram os decanos na missiva ao Presidente norte-americano.

Segundo o The Washington Post, o Governo respondeu aos decanos na passada sexta-feira, prometendo que a CIA não irá repetir este tipo de práticas.

"A agência não fará uso dos programas de vacinação para as suas operações, nem irá tentar obter ou utilizar -- no seu âmbito -- as amostras de ADN ou de outros materiais genéticos recolhidas através destes programas", disse a administração de Barack Obama.

DM // FV.

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