Porto de Leixões aguarda há mais de um ano por recomposição da administração
Porto Canal / Agências
Viana do Castelo, 24 jun (Lusa) - O Conselho de Administração dos portos do Douro e Leixões está há mais de um ano a funcionar com apenas dois elementos, que admitem a necessidade de aquele órgão ser rapidamente recomposto.
"Quando é que isso vai ser feito? Pergunta bem. Desejamos que seja rápido", afirmou à agência Lusa Amadeu Rocha, um dos dois atuais responsáveis pela Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL).
"É quando o acionista [Estado] entender. Não posso acrescentar mais nada sobre isto", disse ainda o administrador.
Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) à gestão da Administração do Porto de Viana do Castelo (APVC) - empresa detida a 100% pela APDL -, revelada em maio pela agência Lusa, recomendava ao Governo, enquanto entidade tutelar daquelas duas empresas, a necessidade de nomear um novo Conselho de Administração, que é comum a ambas.
"Visto o atual órgão executivo ter terminado o seu mandato em abril de 2011 e estar, desde junho de 2012, a funcionar com dois elementos e não três, como determinam os estatutos", lê-se no documento do TdC.
Desde a renúncia ao cargo do presidente do órgão executivo, com efeitos a 30 de maio de 2012, que o Conselho de Administração das duas empresas funciona "apenas com dois elementos, em desrespeito por aquele [estatutos] normativo legal", escreve ainda o TdC.
Em abril do ano passado, o então presidente da APDL, João Matos Fernandes, anunciou a sua renúncia ao cargo, dizendo lamentar "profundamente" a "ausência de decisões nas restantes empresas do setor".
"A ambição de Leixões não é compatível com a indefinição de mandatos e a minha saída, voluntária, tem como objetivo garantir a nomeação de um novo Conselho de Administração a 21 de maio", afirmou o gestor na ocasião.
Contudo, o Conselho de Administração da APDL e a da APVC permaneceu com apenas dois elementos, que mantiveram as mesmas funções, casos de Emílio Brogueira Dias - que assumiu provisoriamente a presidência - e Amadeu Rocha.
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