Novas gerações transmontanas deram música em Paris

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Porto Canal / Agências

Paris, 21 jun (Lusa) -- Aos 11 anos, Inês Filipa "nunca tinha tocado nada" até descobrir a Orquestra Geração de Mirandela e de inesperadamente atuar em Paris na Festa da Música, que invadiu hoje a capital francesa.

Inês faz parte dos 50 jovens de três orquestras geração, de Murça, Mirandela e Amarante, selecionados para três espetáculos que se realizaram hoje, nos jardins do consulado de Portugal em Paris.

Tocaram obras de Maurice Charpentier, Ludwig van Beethoven, Norman Ward e Edward Elgar na estreia internacional de um projeto musical que é de integração social, como explicou à Lusa o coordenador-maestro de Mirandela, José João Cepeda.

O conceito nasceu na Venezuela para tirar jovens de famílias desfavorecidas da rua.

Foi sendo adotado por outros países, incluindo Portugal, onde começou em Lisboa, e chegou a Mirandela, Murça, Amarante com a ajuda da EDP, que é uma das financiadoras dos jovens músicos.

"Eles adoram e é também para lhes dar uma oportunidade de vencerem de outra forma", garantiu o maestro.

A deslocação a Paris foi uma surpresa, pois tinham começado a ensaiar o novo repertório a pensar que iam dar um concerto junto à barragem do Sabor, em construção em Trás-os-Montes.

"Ainda não acredito que estou a tocar em Paris", confessou Inês Magalhães, de Amarante, que graças à orquestra quer seguir música.

Cristiana Mendonça é de Murça e aos 12 anos viajou pela primeira vez de avião.

"Foi emocionante" e mais ainda a atuação, que "foi ótima e com muito orgulho", confessou.

Se não fosse este projeto, "alguns deste miúdos nunca teriam a oportunidade de sair do país", disse o maestro, que salientou esta "estreia internacional, logo em Paris, na cidade Luz e da Música".

Esta sexta-feira foi "um dia onde um pouco por toda a Paris se ouviu música", como observou o cônsul de Portugal, Pedro Lourtie, que abriu os jardins do consulado para a atuação, "com as portas abertas, com as pessoas a passar".

"Acho que este exemplo que estas crianças dão é extraordinário e é de uma enorme utilidade da promoção do nosso país e dos portugueses e é também um orgulho para os portugueses que aqui vivem", afirmou.

Pedro Lourtie realçou "o papel fantástico no dia da música em Paris" deste projeto da orquestra geração, "que é um exemplo de algo bom que se faz em prol da música e da cultura para e por as crianças".

A Fundação EDP financia este projeto e a apresentação dos jovens na capital francesa.

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Lusa/fim

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