Três ataques com explosivos na Tailândia horas depois de TC destituir PM

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Porto Canal / Agências

Banguecoque, 08 mai (Lusa) -- Três ataques com explosivos foram reportados desde a noite de quarta-feira em Banguecoque, mas sem provocarem feridos, revelou a polícia salientando que os ataques ocorreram horas depois do Tribunal Constitucional destituir a primeira-ministra e parte do Executivo do país.

Uma granada M67 foi lançada contra a casa de Suphot Khaimuk, um dos três magistrados do Tribunal Constitucional, localizada na zona norte da capital tailandesa e provocando apenas danos menores.

As câmaras de segurança da casa do juiz registaram o ataque em vídeo onde é vista uma pessoa de rosto tapado a lançar o explosivo contra a casa, colocando-se imediatamente em fuga.

As outras explosões, com granadas M79, ocorreram na sede do Siam Comercial Bank e nas imediações do hospital Chulabhorn, não causaram feridos, mas alguns danos materiais.

O Tribunal Constitucional tailandês condenou quarta-feira Yingluck Shinawatra por abuso de poder e violação da Constituição na nomeação de um alto funcionário do reino.

Yingluck seguiu a leitura da sentença em instalações do Ministério da Defesa porque a sede do Governo está ocupada por manifestantes antigovernamentais e foi forçada a demitir-se tendo sido substituída por Niwattumrong Boonsongpaisan, até agora ministro do Comércio.

O líder dos protestos antigovernamentais, antigo vice-primeiro-ministro pelo Partido Democrático e ex-deputado Suthep Thaugsuban, apelou aos seus seguidores para realizarem esta sexta-feira uma marcha na avenida Sukhumvit onde pretende concretizar a "batalha final" para derrubar o Governo.

Os protestos contra o Governo de Yingluck Shinawatra decorrem desde novembro do ano passado com o objetivo de derrubar o Executivo liderado pela irmão mais nova do antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, derrubado por um golpe militar em 2006, acusado, julgado e condenado à revelia por corrupção e abuso de poder.

Nesta última onde de manifestações contra o Governo já morreram 25 pessoas, enquanto outras centenas ficaram feridas.

Os manifestantes liderados por Suthep Thaugsuban exigem a realização de eleições, mas pretendem antes um Governo nomeado que concretiza uma reforma política de um sistema que consideram corrupto e ao serviço de Thaksin e dos seus interesses.

Thaksin e as suas plataformas eleitorais venceram todas as eleições realizadas na Tailândia desde 2001, muito devido ao apoio da população rural do norte do país e das classes mais desfavorecidas de Banguecoque que beneficiaram das suas políticas sociais.

Os apoiantes políticos de Thaksin Shinawatra integram os chamados "camisas vermelhas" que convocaram, para sábado, um protesto contras as elites burocráticas próximas da monarquia e que consideram serem contrárias ao Governo eleito democraticamente.

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