EUA pretende que Nova Zelândia divulgue detalhes do caso contra Dotcom
Porto Canal / Agências
Sydney, 08 mai (Lusa) - O Governo dos Estados Unidos pretende, em visita realizada hoje à cidade de Auckland na Nova Zelândia, que a Justiça do país oceânico publique todos os detalhes contra o empresário informático Kim Dotcom.
Numa visita ao Tribunal de Auckland, a representante legal do Governo norte-americano, Christine Gordon, quer que o documento "O registo do caso", que está atualmente sob sigilo, seja tornado público, segundo informações da Rádio Nova Zelândia.
Em causa está a acusação norte-americana contra Dotcom e os seus três sócios - Bram Van Der Kolk, Finn Batato e Mathias Ortmann - relativamente ao portal Megaupload, alegando violação dos direitos de autor, lavagem de dinheiro e outros crimes.
Kim Dotcom foi detido em janeiro de 2012 juntamente com os seus sócios numa operação orquestrada pelo FBI à sua mansão nos arredores de Aucklamd, tendo sido confiscados vários bens do empresário, encerrado o portal Megaupload e congeladas as suas contas bancárias.
Apesar do empresário e sócios terem conseguido a liberdade condicional, enfrentam uma dura batalha legal com a Nova Zelândia e uma possível extradição para os Estados Unidos.
A "Motion Picture Association of America" (MPAA), órgão que representa a indústria de cinema dos EUA, acusa o Megaupload e seus operadores de "facilitar, incentivar e beneficiar da violação dos direitos de autor de filmes e produções para a televisão ".
A plataforma é acusada de causar perdas à indústria de cinema e música no valor de 500 milhões de dólares (363 milhões de euros), obtendo um lucro pessoal de 175 milhões de dólares (127 milhões de euros).
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