Homicídio de crianças mostra vulnerabilidade das Honduras na proteção infantil
Porto Canal / Agências
Tegucigalpa, 08 mai (Lusa) - A morte de 12 crianças nos últimos dias mostra a crescente vulnerabilidade das Honduras para proteger as crianças da violência que afeta o país, onde já morreram 352 menores de 23 anos em 2014, informaram os especialistas dos direitos humanos.
Para o sociólogo hondurenho Eugenio Sosa, as mortes, que as autoridades estão a investigar, "refletem a vulnerabilidade" do Estado em proteger e garantir os direitos a mais de 3,5 milhões de crianças que vivem no país da América Central.
As autoridades presumem que as mortes das últimas semanas de, pelo menos, oito crianças, incluindo dois irmãos, aconteçam devido à recusa dos jovens em pertencer aos gangues.
"A violência nas Honduras ocorre com maior intensidade e com métodos cada vez mais brutais", disse o sociólogo, que condenou o assassinato de crianças no país, considerado um dos mais violentos do mundo.
Este país é considerado um dos mais violentos do mundo, onde cerca de 325 jovens com menos de 23 anos perderam as suas vidas nos primeiros quatro meses deste ano, informou José Ruela, diretor da Casa Aliança nas Honduras.
A violência nas Honduras gera uma média de 15 homicídios por dia, segundo as autoridades, em que 70% dos crimes são atribuídos a grupos de crime organizado, tráfico de drogas e gangues.
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