Mesão Frio, 21 jun (Lusa) -- Dezoito alunos da Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) apresentam no dia 28, em Mesão Frio, três documentários e sete projetos fotográficos que retratam o concelho, desde o trabalho na vinha à desertificação.

A iniciativa "Mesão Frio: Percursos de uma identidade" resulta de uma residência artística de fotografia e cinema documental do mestrado em Comunicação Audiovisual da ESMAE.

A organização refere, em comunicado, que esta mostra pretende levar os visitantes numa viagem pelo concelho duriense, "acompanhando as gentes e lugares que coabitam entre um progresso turístico permanente e um desenvolvimento social, económico e cultural lento e, por vezes, esquecido".

Nestes trabalhos, feitos com a colaboração das populações locais, os estudantes exploraram os cenários de desertificação das aldeias, o trabalho na vinha, os trabalhadores e os caseiros das grandes quintas -- os "últimos resistentes de uma geração que não se irá renovar".

Mergulham ainda na paisagem deste território, construída em socalcos a partir do rio, e nas instituições do concelho, como no lar de idosos onde sobrevivem os mais velhos e mostram algumas das últimas pessoas que nasceram no hospital da misericórdia local.

Mesão Frio é um pequeno concelho da Região Demarcada do Douro, encravado entre o rio e a serra, onde a principal atividade económica é a vitivinicultura e que vive debaixo do estigma de ser um dos territórios do país com a maior taxa de desemprego.

Os projetos fotográficos vão ser apresentados num hotel de Cidadelhe e a exposição destes trabalhados vai prolongar-se até 10 de julho, ocupando espaços no bar, corredores, capela, cozinha e na antiga adega deste solar.

A antestreia dos filmes decorre, também no dia, no Auditório Municipal de Mesão Frio. No dia 29 haverá uma projeção aberta ao público.

A iniciativa conta com o apoio da Câmara de Mesão Frio e a colaboração das juntas de freguesia de Cidadelhe e Barqueiros, e da Santa Casa da Misericórdia de Mesão Frio.

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