UE e Japão em sintonia na defesa da estabilização da Ucrânia

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Porto Canal / Agências

Bruxelas, 07 mai (Lusa) -- União Europeia e Japão afirmaram-se hoje em sintonia sobre a situação na Ucrânia, durante uma cimeira celebrada em Bruxelas, sublinhando a importância de defender a estabilização do país e manter a pressão diplomática sobre a Rússia.

Na conferência de imprensa no final da 22.ª cimeira UE-Japão, dominada, em termos de política externa, pela crise na Ucrânia, os presidentes da Comissão Europeia, Durão Barroso, do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, destacaram também que é crucial que as eleições presidenciais de 25 de maio na Ucrânia decorram de uma forma livre e justa.

Os responsáveis políticos da UE e do Japão garantiram trabalhar em coordenação para contribuir para uma solução pacífica para uma situação que admitiram ser "muito grave" -- também no quadro do G7 -, tendo recordado que ambas as partes se têm empenhado, por um lado, no apoio (financeiro e não só) à estabilização da Ucrânia, e na busca de diálogo com Moscovo, mas mantendo a pressão através de sanções, para já no domínio da facilitação de vistos.

Reiterando que é necessário salvaguardar a integridade territorial e soberania da Ucrânia -- colocada em causa desde logo pela anexação, "à força", da Crimeia, como a classificou o primeiro-ministro Abe -, UE e Japão insistiram na necessidade de se buscar uma solução diplomática para o conflito, que poderá até passar, segundo Van Rompuy, por uma "Genebra II", ou seja, uma nova reunião que junte à mesa todas as partes.

Apontando que a situação na Ucrânia "é a prova de que o mundo está a tornar-se menos previsível" e UE e Japão têm a "responsabilidade de ter um papel ativo conjunto em defesa da paz", o primeiro-ministro japonês defendeu que se deve "manter a janela de diálogo com a Rússia".

"É importante manter essa janela aberta, e espero que a Rússia se comprometa nas negociações", disse.

Também Van Rompuy defendeu essa ideia, asseverando que a UE está aberta ao diálogo e a uma nova ronda negocial em Genebra, mas advertiu também que "mais passos da Rússia no sentido de desestabilizar" a Ucrânia levarão a novas sanções por parte da Europa.

"Estamos prontos para tomar decisões (de sanções) se necessário", garantiu.

Já o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, destacou o apoio que Bruxelas tem prestado a Kiev para a estabilização política e económica da Ucrânia e indicou que o seu executivo comunitário irá reunir-se com o governo ucraniano na próxima terça-feira, em Bruxelas.

Abe, Barroso e Rompuy voltarão a discutir a situação na Ucrânia em Bruxelas, com mais interlocutores, dentro de sensivelmente um mês, por ocasião da cimeira do G7 (a 04 e 05 de junho), cujo formato foi reduzido dos oito para os sete países mais industrializados e cujo local foi transferido para a capital belga, na sequência da exclusão da Rússia, precisamente devido à anexação da Crimeia e situação na Ucrânia.

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