Panamá vai restabelecer relações diplomáticas e comerciais com a Venezuela

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Porto Canal / Agências

Caracas, 07 mai (Lusa) - O Presidente eleito do Panamá, Juan Carlos Varela, anunciou que o seu Governo vai enviar nos próximos dias um representante a Caracas para iniciar o processo de restabelecimento das relações diplomáticas e comerciais com a Venezuela.

"Conversei (com o presidente Nicolás Maduro) e disse-lhe que vamos restabelecer as relações, que o meu interesse é que procure a paz social do seu povo e abandonar a confrontação", disse.

O anúncio de Juan Carlos Varela foi feito durante uma entrevista terça-feira no Canal 2 da televisão panamiana, durante a qual revelou que ambos os chefes de Estado conversaram telefonicamente no domingo, pouco depois de ser proclamado vencedor das eleições presidenciais no Panamá.

"Eu mantenho a posição de apelo ao diálogo sobre o conflito interno que há na Venezuela, mas restabelecer as relações é uma prioridade", frisou.

A 05 de março último o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a rutura das relações bilaterais diplomáticas e económicas com o Panamá.

Na origem da decisão esteve uma proposta do Panamá para que uma delegação da Organização de Estados Americanos visitasse a Venezuela para analisar a crise no país.

Dois dias depois o Governo da Venezuela anunciou a suspensão de todas as transações em divisas com o Panamá, incluindo o uso de cartões de crédito e acusou o seu homólogo panamiano de pretender cobrar uma comissão aos empresários da Zona Livre de Colón, por fatura paga pela Comissão de Administração de Divisas (Cadivi), para financiar a sua campanha eleitoral no país.

A Cadivi, agora Centro de Comércio Exterior da Venezuela, é a entidade que regula a atribuição de divisas para importações na sequência do sistema de controlo cambial vigente desde 2003 e que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país.

Segundo, Leopoldo Benedetti, gestor da Zona Livre de Colón, os empresários venezuelanos de Caracas mantêm aproximadamente 2.000 milhões de dólares (1.436,7 milhões de euros) de dívidas a empresas panamianas.

Desde há três meses que se registam protestos diários em várias regiões da Venezuela, contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro devido à crise económica, inflação, escassez de produtos, insegurança, corrupção, alegada ingerência cubana e a repressão por parte de organismos de segurança do Estado.

Alguns protestos degeneraram em confrontos violentos durante os quais, segundo o Ministério Público, morreram 41 pessoas, nove das quais funcionários policiais ou militares.

FPG // JCS

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