Promessas eleitorais não cumpridas afastam portugueses da política, diz professor Marcelo

| País
Porto Canal / Agências

Porto, 06 mai (Lusa) - O ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje que as promessas eleitorais não cumpridas afastam os portugueses da política, dando o exemplo do líder do PS, que hoje prometeu que não vai aumentar impostos.

"Está tudo muito instável e os políticos acabam por prometer coisas. Isso aconteceu com Pedro Passos Coelho, mas ainda hoje vi António José Seguro prometer que não vai aumentar impostos. Ainda longe das eleições, já está a fazer promessas sobre as eleições. Os políticos têm essa tentação terrível de prometer coisas", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à entrada para a cerimónia de comemoração do 40.º aniversário do PSD, a decorrer na Alfândega do Porto.

De acordo com o ex-líder do PSD, "em campanha eleitoral, praticamente todos os candidatos à liderança do Governo prometeram coisas que, depois de chegados, ao Governo não fizeram".

"Porque acabaram por descobrir que não podiam fazer, depois havia crise europeia, havia crise mundial. Houve várias razões e infelizmente isso é uma coisa que afasta os portugueses dos políticos", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que "ainda mesmo nos últimos seis meses ou um ano, praticamente toda a gente que anda na política em Portugal, no Governo ou na oposição, andou a fazer previsões económicas ou suposições económicas e depois foi corrigindo ao longo do tempo".

Questionado sobre a saída limpa do programa de ajustamento, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "era o único caminho possível".

"Era o caminho que a Europa queria, era o caminho exigido pelas eleições europeias, era o caminho permitido pela situação económica da Europa e era o melhor caminho para Portugal e para os portugueses. Era não ter de suportar mais condições pesadas neste momento", justificou.

O social-democrata concordou com a ideia de que o país foi empurrado para esta saída "porque era bom para Portugal e porque era bom para a Europa".

"O próprio primeiro-ministro já reconheceu que depois desta fase muito difícil que os portugueses estão a viver e vão viver ainda este ano e no ano que vem, que há imperativos fundamentais", respondeu aos jornalistas.

Na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, "é preciso crescer, é preciso mais justiça social, é preciso reduzir desigualdades, é preciso elevar o nível de vida daqueles que tiveram os rendimentos cortados".

JF // ARA

Lusa/Fim

+ notícias: País

EuroDreams. Sorteio sem totalistas mas 19 terceiros prémios 'aterram' em Portugal

Nenhum apostador conquistou o primeiro prémio do sorteio do EuroDreams desta segunda-feira, não havendo assim nenhum felizardo a levar para casa 20 mil euros por mês durante 30 anos.

Eis a chave do EuroDreams desta segunda-feira

Já são conhecidos os números da sorte do sorteio EuroDreams desta segunda-feira. 

Depois da extinção do SEF, PSP deteve menos pessoas mas recusou mais entradas no controlo de fronteiras

Nos primeiros quatro meses de controlo de fronteiras aéreas desde a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a PSP controlou mais passageiros, deteve menos 132 pessoas e recusou a entrada a mais 188 do que em período homólogo.