Nuno Crato afirma que não há compromissos nenhuns com a 'troika' para a educação
Porto Canal
O ministro da Educação disse hoje no parlamento que “não há compromissos nenhuns com a ‘troika’ no que diz respeito à educação”, rejeitando qualquer ideia de cortes no setor acordada com os credores internacionais.
O ministro Nuno Crato falava aos deputados na comissão de Educação, Ciência e Cultura e respondia à deputada comunista Rita Rato, que o questionou sobre eventuais cortes na Educação acordados com a ‘troika’ para o período pós-assistência financeira, perguntando especificamente se haveria despedimentos previstos, ou se não seriam renovados contratos, e quantos poderiam não ser renovados.
Na resposta, Nuno Crato garantiu que “não há compromissos nenhuns com a troika no que se refere à educação”, mas sublinhou que existem “compromissos gerais” que obrigam a uma “parcimónia nas contas públicas”.
O ministro da Educação garantiu ainda que no próximo ano letivo as turmas que vão abrir “serão as necessárias” e que aquelas que terão contrato de associação com o Estado (em escolas privadas, para cobrir carências da rede pública), serão “o mínimo possível”.
De acordo com o Documento de Estratégia Orçamental (DEO) divulgado na passada semana o ensino básico e secundário terão em 2015 menos 112 milhões de euros, em comparação com o ano de 2014.
Já a ciência e o ensino superior terão uma dotação orçamental com um acréscimo estimado em 16 milhões de euros.
Nuno Crato reafirmou perante os deputados que não se prevê nenhum corte no ensino superior.