BE defende inquérito independente a morte no Amadora-Sintra após 6 horas de espera

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O Bloco de Esquerda (BE) defendeu hoje um "inquérito independente" à morte de uma sexagenária que faleceu em novembro passado por enfarte do miocárdio, após mais de seis horas a aguardar por ser atendida no Hospital Amadora-Sintra.

A posição do Bloco de Esquerda (BE) surge na sequência da resposta do Ministério da Saúde a uma questão colocada por este partido a Paulo Macedo, em janeiro deste ano, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde.

Segundo o Bloco, o caso deu-se a 25 de novembro do ano passado, quando uma mulher de 67 anos foi transportada pelo INEM para o Hospital Amadora-Sintra, devido a queixas de "fortes dores no tórax, que se foram agravando".

Numa questão endereçada à presidente da Assembleia da República, o BE refere que a resposta à dúvida levantada pelo Bloco "baseia-se no inquérito realizado pelo conselho de administração do hospital", que contém "inverdades e falsidades".

O inquérito hospitalar refere, segundo o BE, que no dia em que esta utente faleceu, 25 de novembro de 2013, "existiu um pico de afluência", entre as 08:00 e as 00:00, com 364 doentes "em circulação", o que ocasionou o tempo de espera "muito acima do preconizado para a prioridade amarela".

Por um lado, refere o Bloco, "a prioridade amarela implica o atendimento numa hora, sendo que esta pessoa aguardou mais de seis horas sem atendimento".

"Por outro lado, não é claro o que se pretende dizer com doentes «em circulação», mas é certo que este número não corresponde a qualquer pico, como falsamente o conselho de administração quer fazer crer".

O BE alega que "a média de doentes na urgência no Hospital Amadora-Sintra em 2013 foi de 728 utentes por dia", servindo-se para esta informação de "dados oficiais disponibilizados" pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Com base nestes dados, o BE considera que "364 utentes não correspondem a qualquer pico e, mesmo que correspondessem, este não seria nunca um argumento lícito a contrapor perante um caso triado como urgente, que deveria ter sido atendido de imediato, demorou mais de seis, tendo a doente falecido".

Este partido acha "fundamental garantir a realização de um inquérito por parte de uma entidade independente, designadamente da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS)".

Por isso, o BE questionou o governo sobre se a IGAS vai efetuar um inquérito às condições em que se verificou este falecimento no Hospital Amadora Sinta".

Tendo em conta que o ministro da Saúde "referiu na Comissão Parlamentar de Saúde que a Entidade Reguladora da Saúde acompanhou o inquérito efetuado pelo Conselho de Administração do Hospital Amadora Sintra e que irá pronunciar-se", o BE quer ainda saber a data prevista para "esta pronúncia".

SMM // SO

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