Pinto da Costa apresentou hoje o espanhol Julen Lopetegui como o novo treinador do FC Porto para as próximas três épocas, com o objetivo de "construir uma equipa sólida" e "de voltar a ser o que sempre foi".

"Queremos perder algumas vezes, mas não queremos passar a ganhar de vez em quando", explicou o presidente do FC Porto, que se fez acompanhar de todos os administradores e dirigentes do clube como "demonstração de coesão e união para enfrentar o futuro".

Julen Lopetegui, de 47 anos, terá como adjunto Rui Barros e irá trabalhar, cumprindo o desejo de Pinto da Costa, em estreita colaboração com Luís Castro, que, depois de ter ocupado interinamente o cargo de treinador principal, volta à equipa B.

O líder portista recordou ainda que há "muita gente hostil ao clube", "que são pagas para dizer mal", e que o gostavam de já dar como moribundo, pelo que prometeu o mesmo espirito como se fosse agora iniciar novos 32 anos à frente dos "dragões".

Pinto da Costa disse ainda que "Julen Lopetegui foi a primeira, segunda e terceira opção para encaixar no objetivo traçado pelo clube", não tendo sido abordado mais nenhum técnico, e o desafio que lhe foi pedido foi o de dar corpo à enorme vontade e desejo de vencer.

"Vamos analisar o que se passou este ano e tomar decisões. Temos uma ideia da filosofia de jogo que queremos implementar e queremos conseguir um compromisso absoluto de todos para assumir este projeto e sermos protagonistas", explicou Lopetegui.

O treinador basco, que conquistou os títulos europeus de Sub-21 e Sub-19 pela seleção espanhola, mostrou-se ansioso por começar a trabalhar e defender um clube com a história do FC Porto.

"Gostaria de meter metade da energia do presidente nos jogadores", revelou Julen Lopetegui, afirmando que vai ainda analisar o que se passou nesta época e que, por uma questão de respeito, dado que ainda falta um jogo para o final da época, não iria revelar mais pormenores do seu trabalho.

O novo treinador, que concordou com Pinto da Costa de que "é melhor perder de vez em quando do que perder muitas vezes", revelou "orgulho", "responsabilidade" e "prazer" no "desafio enorme de assumir o comando técnico de uma equipa com a dimensão histórica do FC Porto" e prometeu "muito trabalho para que tudo resulte".

"Este clube está acostumado a ganhar e vamos voltar a fazer todo o possível para que isso volte a acontecer. O FC Porto tem um passado glorioso e vamos aproveitar essa força e passa-la para os jogadores. Temos que trabalhar duro e voltar a ser uma equipa ganhadora", disse.