Rede de compra/venda de ouro Valores com nova estratégia para relançar actividade

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Porto Canal / Agências

Porto, 06 mai (Lusa) -- A marca de comércio de ouro Valores, que de 2012 para 2013 reduziu para menos de metade a faturação e a rede de lojas por "saturação" do mercado, está a apostar num novo modelo de negócio para relançar a atividade.

Em entrevista à agência Lusa, o administrador da Valores adiantou que o 'franchising' de compra e venda de ouro vai abrir 10 novas lojas este ano sob o novo conceito Valores Prestige, que inclui a venda ao público de peças de ourivesaria e a prestação de serviços de assistência rápida a valores, num investimento que ronda os 200 mil euros.

"Atualmente para as lojas serem rentáveis já não podem estar focadas apenas na compra, é preciso um 'mix' de serviços, pelo que as aberturas serão todas com base neste novo conceito e, nalguns casos, com um novo franchisado", afirmou J. Chester.

Na sequência desta nova aposta, a Valores perspetiva "fechar 2014 com um volume de faturação próximo dos 45 milhões de euros", acima dos 35 milhões de euros de 2013, num "sinal de retoma face ao desempenho do ano transato".

Em 2012, descrito como o "ano de ouro" da Valores, a empresa fechou o exercício com uma faturação três vezes superior, na ordem dos 125 milhões de euros, dispondo então de uma rede de mais de 200 lojas, que compara com a atual centena (54 das quais são lojas próprias).

Nesse ano, para além de Portugal, a rede de lojas Valores estendia-se já a Espanha, França e México, mas a marca acabaria por se retirar destes dois últimos países em 2013.

Já em Espanha, a rede de 20 lojas existente em 2012 recuou para as atuais seis unidades, mas J. Chester afirma "contar, ainda ao longo deste ano, voltar a crescer" naquele mercado.

Com os novos serviços que passa a prestar, a Valores pretende posicionar-se "mais próxima do serviço ao público", disponibilizando valências como a venda com opção de reaquisição dos objetos mediante 12/24 pagamentos, a venda à consignação e serviços "quase de ourivesaria tradicional", como a reparação e restauro de objetos.

Atualmente estão já a funcionar treze lojas segundo este novo conceito, em Braga, Gaia, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Cascais, Loures, Linda-a-Velha, Maia e Barcelos.

De acordo com J. Chester, o emagrecimento da rede Valores resultou do "estonteante 'boom' de lojas" de compra e venda de ouro registado, sobretudo, no segundo semestre de 2012 e que levou a uma "saturação" do mercado. Simultaneamente, "o ouro começou a desvalorizar de forma constante, atingindo valores 25% abaixo do máximo da cotação".

"Ao longo de 2013 tivemos de fazer alguma reestruturação, porque o volume de negócios por loja começou a ficar mais apertado. Tivemos que fazer uma redução de agências e consolidar, escolhendo as estrategicamente mais interessantes para permanecer", afirmou o administrador.

Apesar dos atuais sinais de retoma de algum dinamismo do mercado e da nova estratégia da Valores, J. Chester admite que "será difícil" regressar aos volumes de faturação de 2012.

"Mas achamos que, de uma forma sustentada, será possível começar a reabrir lojas", afirmou à Lusa, deixando ainda em aberto a possibilidade de, em regime de 'franchising', a marca se vir a estrear nos mercados de Angola e/ou Moçambique.

PD // MSF

Lusa/fim

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