Garantia de financiamento por um ano equivale a programa cautelar e favoreceu saída limpa

| Economia
Porto Canal / Agências

Bruxelas, 05 mai (Lusa)- A ministra das Finanças disse hoje que a garantia das necessidades de financiamento de Portugal por cerca de um ano, o equivalente a uma linha cautelar, associada a outros indicadores económicos, favoreceu a escolha de uma "saída limpa".

Na conferência de imprensa no final da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, Maria Luís Albuquerque referiu que entre os principais fatores que pesaram na decisão do executivo português estiveram a "reserva financeira que permite cobrir as necessidades de financiamento por cerca de um ano", as "taxas de juro a evoluírem muito favoravelmente e historicamente baixas", associadas a "indicadores positivos" como "a recuperação da procura e do consumo, do investimento" e o desempenho das exportações.

A ministro de Estado e das Finanças salientou que as contas públicas nacionais alcançaram em 2013 "um resultado melhor do que o esperado, mesmo descontando medidas extraordinárias" e que o Documento de Estratégia Orçamental (até 2018) apresentado na semana passada "cumpre as perspetivas de médio prazo" para a economia portuguesa.

"Esta era a estratégia que melhor servia os interesses de portugueses e que mais nos convinha neste enquadramento em que a decisão é tomada", defendeu.

Maria Luís adiantou que na reunião com os seus homólogos das Finanças explicou as razões do Governo português e que os parceiros internacionais "manifestaram a sua satisfação por Portugal ter conseguido cumprir os objetivos e salientaram a necessidade de manter a trajetória de reformas estruturais para combater fragilidades da economia portuguesa".

A governante portuguesa disse que no encontro não foram discutidas as medidas recentemente anunciadas pelo Governo de devolução de parte da Contribuição Extraordinária de Solidariedade e o aumento do IVA e da TSU e que estas "não ameaçam a trajetória de consolidação orçamental", porque resulta "das poupanças obtidas dentro da própria administração pública".

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