Sonangol anuncia "maior descoberta" de petróleo na bacia do rio Kwanza

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Porto Canal / Agências

Luanda, 01 mai (Lusa) - A petrolífera angolana Sonangol anunciou hoje em Luanda o que designou como "maior descoberta" de petróleo, na camada do pré-sal da bacia do rio Kwanza.

Em comunicado de imprensa, a Sonangol salienta uma "recente descoberta de petróleo, em quantidades significativas", ocorrida na camada do pré-sal no poço Orca, do bloco 20/11.

O texto precisa que o poço de pesquisa Orca, perfurado no pré-sal da bacia, atingiu uma profundidade final de 3.872 metros e salienta que foi testado com sucesso, permitindo produzir mais de 3.700 barris diários e 16,3 milhões de metros cúbicos de gás.

"Os resultados em complemento ao teste de produção, confirmam a importância da descoberta, considerada a maior feita até agora na bacia do (rio) Kwanza", indica a Sonangol.

O bloco 20/11 é operado pela norte-americana Cobalt, que lidera com 40 por cento, e o consórcio integra a Sonangol Pesquisa e Produção e a britânica BP, ambas com 30 por cento, respetivamente.

Segundo o comunicado da Sonangol, a Cobalt avaliou as reservas entre 400 e 700 milhões de barris de petróleo.

O anúncio da descoberta surge cinco meses depois da Cobalt e da Sonangol terem referenciado uma descoberta "à escala internacional" noutro poço do mesmo bloco 20.

Na ocasião, em comunicado enviado à agência Lusa, a Sonangol e a Cobalt referiram que, durante um teste, o poço Lontra "produziu um fluxo estável de 2.500 barris de condensados por dia e 39 milhões de pés cúbicos de gás em igual período".

"O poço de exploração Lontra perfurou até uma profundidade total de mais de 4.195 metros e penetrou aproximadamente 67 metros de espessura útil, de um reservatório de muito boa qualidade. A descoberta foi de um volume significativo de líquidos no intervalo de gás e um intervalo de petróleo bruto", salientava-se no comunicado.

A Sonangol tem agendado para o próximo dia 30 de maio um leilão de 10 novos blocos para exploração, nas bacias terrestres dos rios Kwanza e Congo.

O prazo limite para o envio das propostas terminou quarta-feira, 30 de abril.

Dos 10 blocos que vão a leilão, sete situam-se na bacia do rio Kwanza e os restantes três na do rio Congo.

Em janeiro passado, em conferência de imprensa em Luanda, Severino Cardoso, diretor de Exploração da Sonangol, disse que os 10 blocos representam mais de metade das reservas conhecidas de petróleo de Angola, ou seja, pelo menos 7 mil milhões de barris.

Em outubro de 2013, o ministro dos Petróleos angolano, Botelho de Vasconcelos, disse que as reservas do país atingem os 12,6 mil milhões de barris.

Na ocasião, um administrador da Sonangol, Paulino Jerónimo, manifestou-se otimista, confiando que, a partir de 2015, já se poderá começar a extrair petróleo dos 10 blocos que vão ser leiloados.

Angola é atualmente o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, atrás da Nigéria, com cerca de 1,7 milhões de barris/dia e o objetivo é atingir a cifra de 2 milhões em 2017, depois de anteriormente ter sido equacionado o ano de 2015.

O crude representa 97% das exportações e 80% da receita fiscal, mas a indústria petrolífera emprega apenas 1% da população, que já soma mais de 21 milhões, segundo o Banco Mundial, dos quais a maioria vive com menos de 2 dólares por dia, de acordo com os dados das Nações Unidas.

EL // VM

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