Universidade da Beira Interior quer estrangeiros para reduzir falta de alunos

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Porto Canal / Agências

Covilhã, 30 abr (Lusa) - O reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, afirmou hoje que aquela instituição vai apostar na atração de alunos estrangeiros para superar o decréscimo de alunos a nível nacional.

"A UBI vai apostar forte na atração, e podem ter certeza disso, de estudantes dos países lusófonos, em particular dos maiores, como Brasil e Angola", afirmou António Fidalgo durante a cerimónia de comemoração do 28.º aniversário da UBI.

António Fidalgo começou por assumir as dificuldades na captação de alunos sentidas "sobretudo nas instituições do interior" e considerou que tem de se incentivar os alunos do secundário a continuarem os estudos.

"Mais de metade dos alunos que terminam o secundário ou os cursos profissionais não prosseguem os seus estudos e muitos deles ficam no limbo nefasto de nem trabalharem nem estudarem. É fundamental atrair esses jovens para a valorização formativa que as universidades e politécnicos lhes oferecem. Fazendo isso, não teremos oferta a mais".

O reitor defendeu depois que a mais-valia da língua portuguesa (uma das cinco mais faladas em todo o mundo) tem de ser "rentabilizada" com uma aposta internacional que capte alunos estrangeiros.

"É muito melhor para Portugal vender educação superior do que vender petróleo", referiu.

Este responsável garantiu que a UBI já está "a trabalhar" nesse sentido e anunciou que o Conselho Geral votou a propina de 5.000 euros para os estudantes internacionais, além de outras condições que serão implantadas.

"Por 7.500 euros/ano iremos oferecer um pacote completo, incluindo propinas, alojamento e alimentação. Temos a certeza de que garantimos a melhor relação de qualidade e preço no mercado universitário lusófono", apontou.

Os restantes alunos, prometeu, não terão de enfrentar, no próximo ano letivo, aumentos no valor da propina (1.037 euros), o que acontece pelo segundo ano consecutivo.

António Fidalgo, que tomou posse no cargo em setembro, também fez um balanço do trabalho realizado e destacou as parcerias com outras instituições e empresas.

Relativamente à situação financeira, reconheceu que a instituição fechou as contas com défice, mas ressalvou as circunstâncias que estiveram na origem desse resultado, designadamente a cativação orçamental imposta à universidade, o que classificou como "uma injustiça de bradar aos céus".

Ao secretário de Estado do Ensino Superior, Ferreira Gomes, que estava presente na cerimónia, António Fidalgo deixou o apelo para que tal "nunca mais" volte a acontecer e para que haja "políticas firmes de coesão e equilíbrio d território nacional".

CYC // SSS

Lusa/fim

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