Governo espanhol revê em alta previsões macroeconómicas para enviar a Bruxelas

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Porto Canal / Agências

Madrid, 30 abr (Lusa) - O Governo espanhol reviu hoje em alta o quadro de previsões macroeconómicas até 2015, do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que enviará a Bruxelas, aumentando o crescimento do PIB em cinco décimas, para 1,2% este ano.

Segundo anunciou o ministro da Economia, o crescimento aumentará para 1,8% em 2015, para 2,3% em 2016 e para 3% em 2017, com o consumo privado a passar a dados positivos este ano, com um crescimento de 1,4%.

"Pela primeira vez desde 2007 temos um contributo positivo tanto do setor externo como do interno. Isso significa um comportamento muito mais equilibrado da economia", disse Luis de Guindos.

O Governo mostrou-se também otimista no que toca ao emprego, antecipando que o emprego total crescerá 0,6% este ano, com uma taxa de desemprego de 24,9% (foi de 26,1 em 2013) caindo para 23,3% em 2015, para 21,7% em 2016 e para 19,8% em 2017.

De Guindos destacou ainda o "indicador mais próximo da consolidação orçamental", corrigindo a emissão líquida prevista do Tesouro este ano, de 65 para 59 mil milhões de euros.

Em 2012 o Estado espanhol realizou emissões líquidas no valor de 97 mil milhões de euros, em 2013 de 72 mil milhões e este ano, mediante os novos valores marcados hoje, 59 mil milhões de euros.

"São bases completamente diferentes para o futuro da economia espanhola", destacou De Guindos.

Soraya Saénz de Santamaría, vice-presidente do Governo, disse que o executivo mantém a sua postura de "previsões prudentes e responsáveis", melhorando agora as expectativas depois das melhorias verificadas nos últimos trimestres.

"Recuperámos da recessão e aumentámos a competitividade. Espanha está a crescer ao maior ritmo dos últimos seis anos, respeitámos os limites do défice, evitámos o resgate da economia e conseguimos a sua recuperação", afirmou.

"O risco da dívida caiu quase 500 pontos, melhorámos o setor externo como motor da economia e o consumo volta a crescer. E reduzimos o emprego. Temos que continuar a trabalhar", disse aos jornalistas.

Cristóbal Montoro, ministro das Finanças, explicou também a revisão dos objetivos do défice para este ano, de 5,8% (do Orçamento de Estado) para 5,5% este ano, caindo para 4,2% em 2015, 2,8% em 2016 e 1,1% em 2017.

Os dados hoje divulgados antecipam que os gastos públicos caiam este ano de 44,4 mil milhões (em 2013) para 44 mil milhões, continuando a reduzir-se até aos 40,1 milhões de 2017.

As receitas, por seu lado, deverão subir este ano dos 37,8 mil milhões de 2013 para 38,5 mil milhões, subindo ligeiramente para 38,8 mil milhões em 2015, 38,9 mil milhões em 2016 e 39 mil milhões em 2017.

Menos positivos continuam a ser os dados da dívida pública que continuará a aumentar, crescendo dos 93,9% do PIB de 2013 para 99,5% este ano e para 101,7% em 2015, caindo nos anos seguintes.

ASP// ATR

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