BES vai ficar com mais de 5% da nova Oi

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 29 abr (Lusa) - O Banco Espírito Santo (BES) participou no aumento de capital da brasileira Oi, que está num processo de fusão com a Portugal Telecom (PT), assegurando uma posição superior a 5% da nova empresa, revelou à Lusa fonte ligada à operação.

O BES é o maior acionista da PT, com uma fatia de 10,12% (dados da agência de informação Bloomberg datados de 28 de abril de 2014), o que lhe proporcionaria, após a fusão com a operadora brasileira, uma posição na ordem dos 3,75% na empresa que resultará da fusão.

Porém, o banco liderado por Ricardo Salgado decidiu ir ao aumento de capital da Oi para adquirir ações que não estavam destinadas aos atuais acionistas, tendo investido cerca de 75 milhões de euros na operação, segundo avançou hoje o Jornal de Negócios.

Assim, o BES ficará com uma participação ligeiramente superior a 5% na nova Oi, que é provisoriamente designada por CorpCo.

Hoje, a PT anunciou que concluiu o período de subscrição de ações no âmbito do aumento de capital com a Oi, passando os seus acionistas a deterem 37,4% da brasileira, logo após a liquidação da operação.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a operadora portuguesa informou que "imediatamente após a liquidação do aumento de capital a PT irá deter, direta e indiretamente, 37,4% do capital social da Oi, incluindo 40,7% do capital social com direito de voto da Oi", excluindo a participação indireta detida através da Telemar Participações e a AG Telecom Participações.

O documento explica, contudo, que depois da conclusão de todas as operações societárias, a PT passará a deter uma posição mínima de 37,3% do capital.

A liquidação do aumento de capital está prevista para 05 de maio de 2014, devendo nessa data a PT proceder à liquidação em espécie das ações por si subscritas no aumento de capital.

A liquidação da oferta nos Estados Unidos da América está prevista para 02 de maio, a tempo da liquidação de negociações realizadas na bolsa de Nova Iorque durante o dia de hoje, e no Brasil para 05 de maio, com a liquidação de negociações realizadas na bolsa de São Paulo prevista 30 de abril.

O comunicado refere que serão emitidas 2.142.279.524 ações ordinárias ao preço de 2,17 reais por ação e 4.284.559.049 ações preferenciais ao preço de dois reais por ação, num total de 13,127 mil milhões de reais (4,226 mil milhões de euros).

O número de ações inicialmente emitidas poderá ser aumentado em até 15% durante um mês, a contar a partir de hoje, através do lote suplementar, até um valor máximo de 742 milhões de reais (239 milhões de euros).

A PT subscreveu no total de cerca de 1.045.803.934 ações ordinárias e 1.720.252.731 ações preferenciais emitidas pela Oi, equivalentes a 5,7 mil milhões de reais (1,75 mil milhões de euros).

"A ação PT manter-se-á cotada até à conclusão da fusão com a TmarPart", diz o comunicado, acrescentando que na sequência da fusão, os acionistas da operadora portuguesa irão receber 3,64 ações da TmarPart por cada ação da PT.

Adicionalmente, e sujeito a aprovação pela assembleia-geral, os acionistas da PT receberão, antes da conclusão da combinação de negócios, um dividendo de 10 cêntimos de euro por ação.

O passo seguinte é a realização de assembleias gerais de acionistas das duas operadoras para a aprovação final da fusão.

DN (JMG) // ATR

Lusa/fim

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