Miguel Macedo enviou para MP dados sobre Departamento de Infraestruturas do MAI
Porto Canal / Agências
Lisboa, 29 abr (Lusa) -- O ministro da Administração Interna enviou para o Ministério Público factos "com eventual relevância criminal" relacionados com a auditoria realizada à Direção-Geral de Infraestruturas e Equipamentos (DGIE), que hoje foi alvo de buscas.
"No âmbito de uma auditoria e processo de inquérito à Direcção-Geral de Infraestruturas e Equipamentos - realizado pela Inspeção-Geral da Administração Interna - foi determinado, pelo ministro da Administração Interna, a remessa ao Ministério Público dos factos já apurados com eventual relevância criminal", refere um comunicado do Ministério da Administração Interna (MAI).
A Polícia Judiciária (PJ) realizou hoje buscas à Direção-geral de Infraestruturas e Equipamentos, organismo que gere o património, infraestruturas e equipamentos do MAI, no âmbito de uma investigação por suspeitas de corrupção e crimes afins, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Segundo a mesma fonte, a investigação, a cargo da Direção Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e que mobilizou elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, envolveu ainda buscas domiciliárias.
A investigação relaciona-se com obras efetuadas em estruturas da responsabilidade do Ministério da Administração Interna (MAI), havendo também suspeitas da prática do crime de participação económica em negócio.
A fonte escusou-se a adiantar mais pormenores, nomeadamente se já houve detenções.
No comunicado, o MAI adianta que a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) vai prosseguir os trabalhos no âmbito das suas competências, sublinhando que o processo se encontra em segredo de Justiça.
A Direção-Geral de Infraestruturas e Equipamentos (DGIE) é uma entidade do MAI dotada de autonomia administrativa, que tem como atribuições específicas a construção e remodelação de instalações das forças de segurança e serviços do MAI, planeamento e controlo dos investimento e centralização dos procedimentos de grandes aquisições.
Em fevereiro, o então diretor da Direção-Geral de Infraestruturas e Equipamentos, João Alberto Correia, demitiu-se do cargo alegando razões pessoais, mas a imprensa, na altura, avançou que estava a ser alvo de uma auditoria interna.
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